Tarifas recíprocas do governo Trump geram preocupações no setor varejista

NRF alerta para os possíveis efeitos negativos da medida para o varejo e o consumo

Tarifas recíprocas do governo Trump geram preocupações no setor varejista

A decisão do governo Trump de impor tarifas recíprocas a todos os parceiros comerciais provocou reações imediatas do setor varejista norte-americano e trouxe à tona preocupações quanto aos impactos econômicos para as famílias americanas.

Maior associação comercial de varejo do mundo, a americana National Retail Federation (NRF) destacou os possíveis efeitos negativos da medida, alertando para o aumento dos custos e a instabilidade nas cadeias de suprimentos.

“Embora apoiemos os esforços do presidente para reduzir as barreiras e desequilíbrios comerciais, essa escala de empreendimento é enorme e será extremamente prejudicial para nossas cadeias de suprimentos”, afirma David French, vice-presidente executivo de Relações Governamentais da NRF.

French alerta que a medida “provavelmente resultará em preços mais altos para as famílias americanas trabalhadoras e corroerá o poder de compra das famílias”

As declarações refletem a crescente preocupação entre os líderes empresariais sobre os efeitos da guerra comercial. O setor varejista, dependente de importações para manter seus estoques e preços competitivos, vê nas tarifas recíprocas um potencial desestabilizador para suas operações. “Incentivamos o presidente a buscar coordenação e colaboração com nossos parceiros comerciais e trazer estabilidade às nossas cadeias de suprimentos e orçamentos familiares”, destaca French.

No Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quinta-feira, 13, cautela diante das medidas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. 

Segundo Haddad,  o Brasil não precisa temer as medidas do governo norte-americano, pois a balança comercial entre os dois países é superavitária para os Estados Unidos, nos setores de bens e serviços.

“A balança é superavitária para os Estados Unidos, considerados bens e serviços. No caso de bens, ela é equilibrada, praticamente equilibrada. Não há nenhuma razão para nós temermos. Não há um parceiro que está importando muito do Brasil e exportando pouco, é ao contrário. Vamos com cautela avaliar o conjunto das medidas que podem ser anunciadas, enquanto isso a área econômica está fazendo um balanço das nossas relações comerciais para que a reciprocidade seja um princípio observado pelos dois países”, disse.

Imagem: Shutterstock

 

 

 

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