Com as mudanças de comportamento do consumidor causadas pela pandemia de Covid-19, as empresas que estavam no “analfabetismo digital” terão de fazer investimentos mais fortes na tecnologia para não ficarem para trás.
Esse foi um dos assuntos abordados no evento Lide Talks promovido nesta quarta-feira (31) pelo Lide, grupo de lideranças empresariais. Com o tema “Como a segmentação com IA (Inteligência Artificial) e ML (Machine Learning) impacta a experiência personalizada do consumidor”, o encontro virtual teve moderação de Marcos Gouvêa de Souza, presidente do Lide Comércio, fundador e diretor-geral da Gouvêa Ecosystem.
Para Carlos Alves, diretor-executivo de inovação e tecnologia do grupo Guararapes, para as empresas que estavam mais maduras digitalmente, esse será um diferencial. Mas, num futuro breve, a digitalização será um pré-requisito para todas.
“Aqueles que tiverem caixa para sair nunca mais vão querer passar e farão um investimento forte. O consumidor muda sua característica de relação com o varejo mesmo no universo físico porque o volume de interação digital que temos ao longo do dia é já era um caminho exponencial de integração”, diz.
Outro case inovador foi narrado pela head de canais digitais e e-commerce da Chilli Beans, Marília Nagata. A marca de óculos e acessórios, que sempre teve uma forte experiência no ponto de venda físico, criou um provador virtual em 2020.
O resultado é que a conversão de vendas de quem usa o provador virtual, hoje, é três vezes maior do que a que se percebia anteriormente. “É difícil comprar [óculos] sem saber se ele combina com o seu rosto. Para os clientes que não são digitais, estamos enviando os produtos para experimentarem”, diz.
Em tempos de pandemia por conta do coronavírus, o Lide tem se adaptado à atual realidade e promovido uma série de encontros virtuais aos seus associados. Nomes importantes dos setores público e privado têm contribuído com os debates, que trazem em suas pautas assuntos de interesse para os negócios no Brasil.
Fundado em 2003, a Lide é uma organização que reúne executivos dos mais variados setores, com 23 frentes de atuação, com o objetivo de potencializar a atuação do empresariado na defesa dos princípios éticos de governança corporativa nas esferas pública e privada.
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