O Grupo L’Oréal no Brasil e o Movimento pela Equidade Racial (Mover) lançaram o “Código de Defesa e Inclusão do Consumidor Negro”, uma iniciativa que tem como objetivo ampliar o debate sobre os direitos do consumidor negro nos pontos de venda e estabelecimentos comerciais do País.
O projeto foi desenvolvido em colaboração com a Black Sisters in Law, iniciativa dedicada à conexão, troca e crescimento de advogadas negras no Brasil e no exterior. O Código apresenta um conjunto de 10 diretrizes, sem validade jurídica, que visam combater o racismo em suas manifestações mais sutis, convocando o mercado a promover mudanças efetivas por meio da reflexão e do questionamento das práticas do setor.
“O nosso objetivo com o lançamento do Código é gerar reflexão e, principalmente, ação. Como líderes da indústria de beleza e uma das maiores empresas do mundo, queremos inspirar através do exemplo para que o Código seja adotado como protocolo interno por outras companhias, assim como estamos fazendo, em um ato de autorregulamentação antirracista”, afirma Bianca Ferreira, head de Comunicação e Diversidade, Equidade e Inclusão da L’Oréal Luxo.
A obra surge como resposta aos dados da pesquisa “Racismo no Varejo de Beleza de Luxo”, encomendada pela L’Oréal em 2024 como parte do programa Afroluxo, que revelou 21 práticas racistas na jornada de compra do consumidor negro.
“Este código representa um avanço significativo na luta contra o racismo e materializa o compromisso do Mover em promover a equidade racial em todos os setores da sociedade. Para construirmos um futuro em que a equidade racial é um ponto de partida é necessário um esforço conjunto para erradicar preconceitos e práticas discriminatórias”, destaca Natália Paiva, diretora executiva do Mover.
O livro conta com ilustrações de Mulambö, artista conhecido por explorar temas como racismo, desigualdade social e a experiência negra na sociedade brasileira.
Distribuição
Mais de 500 exemplares serão enviados a formadores de opinião e líderes de todo o Brasil, incluindo ativistas da causa racial, CEOs de empresas signatárias do Mover, clientes do Grupo L’Oréal no Brasil, lideranças das maiores empresas brasileiras, associações e entidades de diversos setores do mercado, além de profissionais do Direito, como reitores e professores das principais universidades do País, que poderão fomentar discussões em sala de aula sobre as normas propostas em defesa do consumidor negro.
O Código de Defesa e Inclusão do Consumidor Negro conta com o apoio da Allos, administradora de 56 shoppings no Brasil, e da Associação Brasileira de Perfumarias Seletivas (ABPS). A Allos irá compartilhar o documento com as marcas de seu portfólio e com os representantes de suas mais de 15 mil lojas. Já a ABPS incentivará e apoiará seus associados na implementação das diretrizes antirracistas presentes no Código.
Imagem: Divulgação