Fusões e aquisições têm o melhor semestre dos últimos 10 anos

Maioria das transações foi feita entre duas empresas brasileiras

Fusões e aquisições no varejo têm melhor desempenho em 20 anos

M&A (MERGERS AND ACQUISITIONS) Businessman handshake working at office M&A (M&A

As empresas brasileiras realizaram 804 operações de fusões e aquisições no primeiro semestre deste ano, um aumento de mais de 55% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram fechados 514 negócios. O resultado é o melhor para o semestre dos últimos dez anos, segundo dados da KPMG, empresa especializada em auditoria e consultoria.

Os números mostraram que o mercado doméstico continuou aquecido, mesmo na pandemia, e que as empresas têm buscado opções no Brasil para poder crescer. “Acreditamos também que muitas operações ficaram represadas no ano passado devido ao momento de incertezas e estão sendo concretizadas este ano. Por isso, tivemos um primeiro semestre tão aquecido, o que indica que estamos em uma fase de recuperação”, analisa o sócio da KPMG e coordenador da pesquisa, Luís Motta.

Das transações feitas, 524 foram do tipo doméstica, ou seja, entre empresas brasileiras. Outras 256 foram do tipo CB1, quando uma empresa estrangeira compra uma outra no Brasil. “Foi o melhor semestre da história tento para as transações domésticas quanto para as transações CB1 desde o início da nossa pesquisa”.

Companhias de internet foram o destaque

Dos 43 setores pesquisados, a grande maioria (36) foi contemplada com operações de fusões e aquisições. O destaque ficou para as companhias de internet com 268. Em seguida, aparecem as empresas tecnologia da informação com 131 e instituições financeiras com 92. Ainda foram citados os seguintes segmentos: varejo com 29; companhias de serviço, 25; imobiliário, 22; telecomunicações, 22; hospital, laboratório de análise clínicas, 22; companhias de energia, 21; educação, 20.

“O processo de transformação digital das empresas que já estava em curso foi acelerado pela pandemia. Com isso, muitas delas passaram a investir em tecnologia para poder acompanhar esse movimento. Esse é um dos motivos pelo qual as companhias de internet e de tecnologia da informação lideram o ranking do semestre. Outro destaque ficou por conta das instituições financeiras que também estão sendo afetadas pela evolução tecnológica”, finaliza o sócio.

Imagem: BIgStock

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