A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou, no início deste mês, uma nova tabela de valores mínimos do frete no Brasil. A ação foi feita para corrigir a edição da tabela em 30 de maio, realizada para atender uma das principais demandas dos caminhoneiros durante a greve de 11 dias que ocorreu naquele mês.
A média de reajuste da mais nova tabela foi de 5,5%, variando de acordo com o tipo de carga. Ela é baseada na compensação devido ao recente reajuste no preço do óleo diesel. O aumento do diesel vem da variação da taxa de câmbio que acumulou desvalorização de 10,7%, nos últimos três meses, e do preço do petróleo no mercado internacional, que marcou alta de 4,1% no mesmo período.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) calcula que as despesas com fretes somaram R$ 50,7 bilhões em 2017, sendo R$ 35,0 bilhões no comércio atacadista, R$ 13,6 bilhões no varejista e R$ 2,2 bilhões no automotivo.
Diante deste cenário, a CNC estima que, com o reajuste da tabela, o comércio atacadista será o mais penalizado, devendo incorrer em gastos adicionais de R$ 689,8 milhões até o fim deste ano. O varejo e o comércio automotivo terão gastos extras de R$ 293,8 milhões e R$ 44,9 milhões, respectivamente.
*Fonte: CNC
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