A Braskem informou nesta quinta-feira, 31, que deu início as suas próprias operações de cabotagem na Bahia, prevendo economizar cerca de R$ 10 milhões anuais com as operações marítimas. A empresa também espera diminuir a emissão de 1.800 toneladas de CO2 com o primeiro navio, otimizando o tempo de ociosidade. Cabotagem é o transporte de cargas marítimas entre portos de um mesmo país, utilizando rios e mares.
A companhia realizou sua primeira operação de cabotagem em 27 de setembro, transportando propeno da Bahia para o Rio de Janeiro. O navio Costa do Futuro, partindo do Porto de Aratu em Candeias até o porto do Rio, marca um avanço significativo para a empresa, que planejava essa gestão há mais de quatro anos. Segundo Eduardo Ivo Cavalcanti, gerente de logística da Braskem, essa iniciativa visa melhorar a eficiência logística e reduzir a emissão de gases do efeito estufa.
A transformação da Braskem em uma Empresa Brasileira de Navegação (EBN) foi possibilitada pela flexibilização da Lei 4199/20, através do Programa BR do Mar, que eliminou a exigência de possuir embarcações brasileiras.
Anteriormente, a empresa dependia de uma embarcação com tripulação estrangeira, que precisava deixar o Brasil a cada três meses para renovação de visto. Agora, com a capacidade de alugar ou possuir navios com tripulação brasileira, a companhia informou que consegue otimizar suas operações.
A Braskem planeja construir navios próprios, um passo que Cavalcanti considera uma vantagem comercial significativa, permitindo oferecer serviços a terceiros. A primeira embarcação própria está prevista para janeiro de 2025, outra em março e mais duas encomendadas para 2026. Além disso, a Braskem iniciou estudos para a construção de navios voltados à cabotagem brasileira, com um projeto de três anos.
Com informações de Estadão Conteúdo (Beatriz Capirazi).
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