Ranking revela desempenho de 10 grandes varejistas na Bolsa durante a Black Friday

Black Friday: 5 formas de usar o pós-venda para fidelizar o consumidor

O movimento gerado pela Black Friday, na última sexta-feira (27), tem se refletido diretamente em muitas ações de empresas varejistas listadas na Bolsa de Valores do Brasil (B3). O especialista Beto Assad, analista de ações e consultor financeiro do Kinvo, aplicativo que consolida investimentos de bancos e corretoras, listou os dez melhores desempenhos de empresas varejistas durante a semana da Black Friday na B3. 

Como critério de seleção de ativos, as empresas escolhidas foram do setor de consumo cíclico, com o subsetor de comércio, englobando os segmentos de eletrodomésticos, produtos diversos, calçados e vestuário. As variações consideradas foram das ações de maior liquidez das empresas indicadas. Confira, abaixo, as dez maiores altas (de 23/11 a 27/11):

1. Grupo de Moda Soma S.A. (SOMA3)
Preço de fechamento em 27/11: R$ 13,00
Valorização na semana: 9,52% 

Uma das empresas da lista que fez seu IPO neste ano, o Grupo de Moda Soma apresenta uma alta de aproximadamente 44% desde que fechou em sua mínima do ano, no dia 23 de outubro. Dona das lojas Animale e Farm, foi a maior aposta no segmento de moda dos investidores no período da Black Friday. Desde que abriu seu capital, a empresa vem apostando no modelo de aquisições de novas marcas para bater de frente com a concorrência. Pelo seu último balanço, a empresa teve um prejuízo por ação de R$ 0,15.

2. Guararapes Confecções (GUAR3)
Preço de fechamento em 27/11: R$ 16,48
Valorização na semana: 7,71%

A dona das Lojas Riachuelo também obteve ótimo desempenho no período de Black Friday, aprovando, inclusive, pagamento de juros sobre capital próprio no montante de R$ 0,4058 durante a semana. A empresa ainda tenta se recuperar no ano, acumulando desvalorização de 30,74%, reflexo da pandemia que afetou o setor. Seu último balanço apontou um lucro de R$ 0,09 por ação.

3. Lojas Quero-Quero S/A (LJQQ3)
Preço de fechamento em 27/11: R$ 16,15
Valorização na semana: 7,17%

Outra empresa a abrir capital neste ano, a varejista também foi uma aposta dos investidores no período de promoções. Empresa com destaque no varejo de pequenas e médias cidades, as Lojas Quero-Quero estão com recomendação de compra pelo Banco Bradesco, que vê seu preço-alvo na faixa de R$ 18,70. Apresentou um lucro por ação de R$ 0,26 em seu último balanço, com um retorno positivo de 10,60% sobre o seu patrimônio.

4. Restoque Comércio e Confecções de Roupas (LLIS3)
Preço de fechamento em 27/11: R$ 4,99
Valorização na semana: 7,08%

Dona das marcas Le Lis Blanc, Rosa Chá e Dudalina, a empresa fechou a semana de descontos com valorização superior a 7%. O período entre julho e setembro apresentou um grande avanço nas vendas online, mas não forte o suficiente para deixar o trimestre lucrativo, que apresentou prejuízo ajustado de R$ 91,8 milhões. Seu prejuízo por ação é hoje de R$ 6,40. A empresa fechou acordo de recuperação extrajudicial com bancos e outras instituições financeiras, em junho deste ano, devido aos problemas financeiros causados pela crise da Covid-19. 

5. Pet Center Comércio e Participações S.A. (PETZ3)
Preço de fechamento em 27/11: R$ 19,25
Valorização na semana: 5,19%

A gigante do setor de pet shop foi outra empresa a fazer IPO neste ano e figurar entre os destaques da Black Friday. Na quinta colocação, foi a última do setor a ter valorização superior a 5% na semana avaliada. O primeiro resultado trimestral da Petz como companhia aberta mostrou lucro líquido de R$ 17,061 milhões, o que levou o Banco BTG Pactual a recomendar compra para o ativo com preço alvo em R$ 20,00. Seu lucro por ação atual é de R$ 0,13.

6. Via Varejo (VVAR3)
Preço de fechamento em 27/11: R$ 18,49
Valorização na semana: 3,35%

A dona das Casas Bahia e Ponto Frio atingiu a marca recorde de R$ 3 bilhões de vendas durante a Black Friday, marca 37% superior à de 2019. Segundo a XP Investimentos, a empresa estava melhor preparada estrategicamente para a Black Friday devido ao seu estoque e frete grátis, ambos de extrema importância no contexto da pandemia. Mesmo assim, a empresa ainda vem lutando para apresentar os resultados que tanto esperam os investidores, que não param de apostar no crescimento da companhia. Seu resultado atual por ação apresenta um prejuízo de R$ 0,12.

7. B2W Digital (BTOW3)
Preço de fechamento em 27/11: R$ 76,61
Valorização na semana: 2,15%

A dona das marcas Americanas.com, Submarino, Shoptime e Sou Barato apresenta grande volatilidade no ano, chegando a cair quase 40% no auge da crise da pandemia e depois apresentando uma valorização anual acima de 100%, em agosto. Desde então, vem corrigindo e trabalha com uma alta de aproximadamente 20%. Analistas diversos apontam que a companhia vem perdendo espaço no e-commerce para suas principais concorrentes, além da fraca atuação no mercado de aquisições em 2020. Seu último balanço aponta um resultado por ação de R$ 0,31 de prejuízo.

8. Lojas Marisa (AMAR3)
Preço de fechamento em 27/11: R$ 7,02
Valorização na semana: 2,03%

Mais uma empresa a apresentar prejuízo no último trimestre, o contraponto é o aumento nas vendas de sua plataforma digital, algo que se tornou o foco de muitas varejistas durante a pandemia. Com base no último balanço, a empresa apresenta prejuízo de R$ 1,16 por ação, com uma rentabilidade negativa sobre o patrimônio de 29,68%.

9. Lojas Renner (LREN3)
Preço de fechamento em 27/11: R$ 46,35
Valorização na semana: 2,00%

Uma das “veteranas” do varejo brasileiro a compor a lista, as Lojas Renner têm atraído a atenção de grandes bancos, com destaque para o Goldman Sachs, que recomendou compra das ações na última semana, com preço-alvo na faixa de R$ 55,00. No ano, a empresa trabalha em queda de quase 20% e seu último balanço apontou um lucro R$ 1,58 por ação, com rentabilidade de 23,80% sobre o seu patrimônio.

10. Track & Field CO S.A.
Preço de fechamento em 27/11: R$ 11,22
Valorização na semana: 2,00% 

Finalizando a lista, mais uma empresa estreante na bolsa em 2020. No seu último balanço trimestral, a Track & Field  apresentou um lucro quase 31% menor do que no mesmo período em 2019. Como destaque positivo, também teve um grande aumento de sua base de vendas no e-commerce, canal em que a empresa pretende investir ainda mais. Seu lucro atual por ação é de R$ 0,03.

Imagem: Reprodução

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