A Natura & Co comunicou nesta quarta, 30, que avalia a viabilidade de venda de participação minoritária na Aesop, sua subsidiária de luxo. “O processo de venda de participação minoritária está em estágio inicial de consultas sigilosas, e não há até o momento qualquer definição quanto aos termos e às condições de uma potencial transação”, diz o fato relevante.
A imprensa internacional noticiou evoluções nessa possibilidade, diante da fala do CEO da companhia, Fábio Barbosa, sobre a necessidade de reestruturação de negócios. Além da separação (spin-off) e do IPO (oferta inicial de ações), que já haviam sido comunicados ao mercado, Barbosa citou neste mês uma possível entrada de fundo private equity (que compra participações em empresas). “Não está nas cartas um estudo de venda total”, afirmou ele, à época.
Rentabilidade
A possibilidade de venda de uma participação na australiana Aesop, que a Natura comprou em 2012 e é considerado um negócio com forte rentabilidade, é também uma reação às dificuldades que a companhia tem enfrentado para digerir outra aquisição que realizou, a operação global da Avon, concluída no início de 2020.
Segundo o fato relevante desta quarta, 30, a decisão final será tomada pelo conselho de administração da Natura & Co somente após avaliação das várias alternativas que estão em estudo, dependendo de condições de mercado e outros fatores a serem considerados.
Boa ideia
Para o Citi, a venda de participação minoritária é o melhor caminho. “Se isso (venda parcial ou total para um parceiro financeiro) for realmente confirmado, significaria que a Natura está planejando uma rota alternativa para extrair valor da Aesop. Como mencionamos em nossa nota anterior, a Aesop é o ativo de crescimento mais rápido e o mais rentável da empresa”, escreveram os analistas do Citi. Segundo eles, a venda parcial ajudaria a pavimentar o caminho até um melhor momento para realizar o IPO da Aesop.
Com informações de Estadão Conteúdo
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