Os custos multibilionários das despesas jurídicas do Credit Suisse ameaçam seu planejamento de recuperação. A instituição financeira acumula cerca de US$ 4 bilhões em provisões de litígio desde 2020, contribuindo para os prejuízos líquidos de 2021 e 2022.
As acusações legais do Credit Suisse superaram as de outros bancos por causa de má conduta e de táticas adotadas anteriormente para atrasar alguns casos. O banco suíço concluiu recentemente alguns casos envolvendo títulos podres lastreados em hipotecas que vendeu antes da crise financeira de 2008.
Uma das contas em aberto é de danos para reembolsar um ex-cliente cujo banqueiro privado o defraudou por anos antes de ser preso em 2015. A Suprema Corte das Bermudas já ordenou que a subsidiária de seguro de vida do Credit Suisse pague US$ 607 milhões – decisão da qual está recorrendo.
Os analistas temem que outro golpe legal surpreendente seja difícil de ser absorvido. As ações do banco voltaram a cair na semana passada, após relatos de que o regulador suíço estava examinando declarações feitas pelo presidente da instituição com o objetivo de tranquilizar os investidores sobre as saídas de clientes.
“Suas receitas estão sob enorme pressão. Portanto, a capacidade do banco de absorver novos casos de litígios significativos obviamente não é tão grande quanto para a maioria de seus concorrentes”, disse Patrick Rioual, diretor sênior da Fitch Ratings.
Com informações de Estadão Conteúdo
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