O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates disse nesta quinta-feira, 2, que a empresa vai manter o protagonismo na produção de petróleo e gás ao mesmo tempo em que pavimenta sua entrada em energias renováveis. Prates falou na abertura da apresentação dos resultados financeiros do quarto trimestre de 2022 a investidores.
“Vamos manter o protagonismo na produção de petróleo e gás enquanto trabalhamos para financiar e construir esse futuro. Nosso maior objetivo é tornar a Petrobras uma empresas forte preparada equilibrada para se manter nesse cenário de transição energética”, disse Prates.
Ele afirmou que a estatal atingiu todas as metas de produção em 2022 e avançou na prospecção de novas reservas e na descarbonização de sua atividade.
Os comentários com relação ao último exercício foram econômicos. O presidente da empresa preferiu falar dos planos para o futuro. Ele mencionou a intenção de investir em novas fontes de energia como hidrogênio, eólica offshore e os já iniciados biocombustíveis de última geração.
“Investimentos em fontes de energia renovável, como hidrogênio e eólica offshore são caminhos já previstos no plano estratégico vigente. Nossa atuação em águas profundas e ultra profundas nos coloca em posição privilegiada para avançar em eólica offshore. Vamos seguir de forma responsável e transparente buscando oportunidades de diversificação”, disse Prates.
A avaliação do executivo é que o consumo de combustíveis fósseis ainda bate recordes hoje, mas é preciso que a empresa se prepare para transição energética, o que passa pela entrada em novas fontes.
Política de preços
A Petrobras afirmou nesta quinta-feira, 2, em esclarecimentos às notícias divulgadas da mídia, que no âmbito da Diretoria e do Grupo Executivo de Mercado e Preços, não há qualquer discussão para que a companhia altere sua Política de Preços.
Em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato da volatilidade externa e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais.
“Qualquer alteração deverá ser debatida pelos órgãos internos de governança da Petrobras, especialmente a diretoria e o Conselho de Administração, e será divulgada ao mercado”, afirma a estatal.
Com informações de Estadão Conteúdo (Gabriel Vasconcelos, Denise Luna e Beth Moreira)
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