A retailtech Amaro está em processo de renegociação de seus passivos. Segundo nota divulgada nesta quinta, 2, a empresa também está em negociações com potenciais investidores para reforçar sua base de capital.
As medidas têm como o objetivo, segundo a nota, “fortalecer a estrutura de capital da empresa em um cenário de juros altos“. A Amaro diz que contratou a consultoria Alvarez & Marsal para auxiliar no processo.
De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico, a Amaro enfrenta dificuldades financeiras e “precisa reequilibrar a sua estrutura de capital após crescimento da sua alavancagem com o aumento na pressão de dívidas de curto prazo, afetadas pela alta na taxa Selic”.
Atualmente, a taxa básica de juros da economia brasileira está em 13,75% ao ano e o Banco Central já sinalizou que ela deve continuar nesse patamar para além de setembro.
A reportagem do jornal Valor Econômico indica, ainda, que a crise da Americanas resultou numa dificuldade maior das empresas de varejo para conseguir crédito no mercado. As linhas, além de mais raras, estão mais caras também.
A Amaro foi fundada em 2012 em São Paulo como uma marca digital voltada para o público feminino. Ao longo do tempo, investiu na abertura de lojas, chamadas de guide shops, que funcionam como showrooms da marca. Hoje, a empresa tem cerca de 20 lojas espalhadas pelo Brasil.
A retailtech também passou a vender outros produtos além de roupas femininas. Atualmente, a Amaro se define como um “ecossistema omnicanal de lifestyle” que oferece, além de itens de moda, artigos de beleza e casa.
“A Amaro quer estar mais próxima da consumidora, onde ela estiver, e entregar a ela uma experiência totalmente integrada. Com as lojas físicas sendo uma extensão do online, ela pode unir o melhor dos dois ambientes de acordo com o que quer e precisa”, disse, no ano passado, o CEO Dominique Oliver.
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