Camila Velzi, diretora Comercial da Rappi; Ely Mizrahi, presidente do Instituto Foodservice Brasil; Pierre Berenstein, CEO da Bloomin’ Brands e Ricardo Marques, vice-presidente de FoodSolutions da Unilever compartilharam suas experiências e expectativas diante da crise que se prolonga no Brasil em live promovida em parceria com a Gouvêa de Souza.
Os quatro executivos ressaltaram o uso das plataformas digitais como grande responsável em manter e, no futuro, alavancar o setor. No caso da Bloomin’ Brands, Inc., que cuida das marcas Outback e Abraccio, os restaurantes têm como principal reconhecimento a experiência que proporciona para os seus clientes. Segundo seu CEO no Brasil, Pierre Berenstein, com a maior parte da rede física fechada para atendimento ao público e aberta apenas para delivery, alternativas para atender os clientes da mesma forma estão sendo implantadas.
“Criamos uma cartinha, com o passo a passo dos procedimentos que os nossos produtos precisam ter para chegar até a mesa. Para viver o mesmo ambiente, também orientamos deixar a casa com a meia luz e acessar a nossa playlist do Spotify. Algumas lojas também estão participando no momento do parabéns com os clientes por chamada telefônica”, disse Pierre, que atualmente realiza mais de 50 mil aniversários por mês contando todas as unidades da marca.
No caso da Rappi, que já depende da tecnologia para operar, o brasileiro vai criar um hábito que não tinha antes e tornar o delivery uma opção natural de consumo. Segundo Camila Velzi, diretora Comercial da startup, a experiência de um restaurante é diferente daquela proporcionada pela entrega de comida em casa.”Eu acredito que os estabelecimentos irão cada vez mais pensar em como levar este momento para a casa da pessoas. Com o aumento de restaurante nas plataformas as pessoas irão se sentir mais estimuladas quando optarem pelo delivery”, contou.
Já Ely Mizrahi, presidente do IFB, acredita que a perda da insegurança por parte dos consumidores ainda vai levar um tempo e os restaurantes vão precisar repensar seu modelo de negócios. Segundo ele, o momento poder ser uma oportunidade para as empresas se reinventarem além da cozinha. “Eficiência, capacitação da mão de obra e reengenharia do cardápio são, por exemplo, pontos que podem ser revistos e atualizados em meio a este cenário incerto que o país enfrenta”, explica o empresário que aponta ainda o desafio da sobrevivência no setor para os próximos seis meses.
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