A Arezzo&Co e o Grupo Soma anunciaram na segunda-feira, 1º, os nomes indicados para compor o Conselho de Administração da Azzas 2154, a nova companhia decorrente da associação entre os dois grupos. Além de Alexandre Birman e Roberto Jatahy, sócios-fundadores das duas empresas, foram escolhidos Guilherme Benchimol, Edison Ticle, José Ernesto Bologna, Ruy Kameyama, Sylvia Leão e Anna Chaia. Pedro Parente, ex-presidente da Petrobras, foi o indicado para assumir a presidência do Conselho de Administração.
A incorporação do Grupo Soma pela Arezzo&Co foi aprovada no último dia 18 em Assembleias Gerais Extraordinárias (AGE) realizadas pelas companhias. Com a incorporação, a Arezzo&Co passa a se chamar Azzas 2154, enquanto o Grupo Soma é extinto.
Os nomes propostos ao Conselho de Administração serão apresentados aos acionistas em Assembleia Geral Extraordinária convocada para o próximo dia 31 de julho.
Alexandre Birman será também o futuro CEO da Azzas 2154 e Roberto Jatahy assumirá como CEO da unidade de negócios de vestuário feminino. O novo grupo anunciou também a criação de três Comitês Estatutários: Comitê de Riscos, Auditoria e Finanças (CRAF), coordenado por Edison Ticle, Comitê de Pessoas, ESG e Remuneração, coordenado por José Ernesto Beni Bologna, e Comitê de Integração e Estratégia, coordenado por Ruy Kameyama.
A nova multinacional tem receita bruta anual estimada em mais de R$ 12,4 bilhões e EBTIDA de R$ 1,6 bilhão. O grupo reúne 34 marcas, cerca de 22 mil colaboradores diretos, mais de 2 mil lojas, 1,5 mil franquias e 22 mil multimarcas, informou.
A nova estrutura terá quatro unidades de negócios: Calçados e Acessórios, com Arezzo, Schutz, Vans e outras; Vestuário Feminino Lifestyle, com Farm, Animale, Maria Filó, NV e outras; Vestuário Masculino Lifestyle, com Reserva, Oficina, Foxton e outras; e Vestuário Democrático, Hering, Hering Kids, Hering Intimates e Dzarm.
Pedro Parente: carreira pública e liderança no setor privado
Pedro Parente possui extenso currículo em cargos públicos e na liderança do setor privado. Em 1985, ingressou como técnico no Ministério do Planejamento, durante o governo de José Sarney, sendo elevado a secretário-executivo da Fazenda na gestão Fernando Collor de Mello. Após o impeachment de Collor, assumiu como secretário-executivo no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão no governo de Itamar Franco.
Parente foi ministro-chefe da Casa Civil e da Secretaria de Coordenação e Planejamento de 1995 a 1999 e ministro de Minas e Energia de 1999 a 2002, ambos no governo de Fernando Henrique Cardoso.
A partir de 2003, ingressa no setor privado, ocupando cargos executivos no Grupo RBS e na Bunge até 2010. Entre 2010 e 2014, assume como presidente do Conselho de Administração da BM&FBovespa, passa um ano como CEO da Bunge Brasil e retorna ao serviço público como presidente da Petrobras de 2016 a 2018 na gestão Michel Temer.
Retorna à iniciativa privada em 2018 como CEO da Brazilian Foods (BRF), onde fica até assumir como chariman da Alpargatas em 2020 até o momento atual.
Com informações de Estadão Conteúdo (Daniela Amorim)
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