Franquias de educação apostam em digitalização e retomam crescimento

A predominância da modalidade presencial das aulas revela a retomada de hábitos pré-pandemia

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As franquias do segmento de educação se adaptaram à nova realidade imposta pela pandemia e registraram crescimento de 17,8% durante os três primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022.

O segmento educacional cresceu ainda mais que o setor de franquias como um todo, apresentando um faturamento 17,2% maior no período analisado. Os dados são da Pesquisa Trimestral de Desempenho do Franchising, feita pela Associação Brasileira de Franchising (ABF).

As principais transformações observadas após as adequações do período de pandemia com foco na retenção de estudantes foram: aumento dos recursos de ferramentas tecnológicas, para 88,9% dos respondentes em 2022 e 63% neste ano, respectivamente; redução do custo de ocupação (53,3% e 45%) e ganhos de escala (26,7% e 27%).

Aulas presenciais voltam a ter predominância 

As aulas presenciais voltaram a ter maior predominância, revelando a retomada de hábitos pré-pandemia. Os estabelecimentos de ensino profissionalizante e de desenvolvimento humano apresentaram aderência de 83% do total. Nas escolas de idiomas, o índice sobe para 88%, e entre os colégios bilíngues, 100% das aulas são presenciais.

O segundo formato de aula com maior participação é o digital síncrono – ou seja, aulas online ao vivo, em que professor e aluno interagem em tempo real – com 16% de aderência entre as escolas profissionalizantes, e 8% entre as de ensino de idiomas.

“A pandemia mostrou o quanto as franquias de Educação são resilientes. Contudo, um novo nicho passou a ser atendido: aqueles alunos que não tinham acesso geográfico às unidades passaram a procurar por cursos online, que devem crescer nos próximos anos e ser parte importante do mix de serviços das franquias desse segmento”, afirma Bruno Gagliardi, coordenador da Comissão de Educação da ABF.

O estudo aponta ainda que 29,6% das franqueadoras entrevistadas esperam faturar até 10% mais em 2023 frente a 2022. 25,9% delas prevêem lucro de 21% a 30%, e 18,5% delas entre 10% e 20%.

Imagem: Shutterstock

 

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