A ressignificação do lar impulsiona o varejo de Casa e Decoração

Nunca a expressão “Lar Doce Lar” foi tão apreciada pelos brasileiros. O confinamento e o home office fizeram as pessoas terem um novo olhar para o local onde moram – a sua casa.  Afinal, estar em casa virou sinônimo de trabalho, estudo e até mesmo diversão – e trouxe à tona a necessidade de conforto e bem-estar. Renovar o enxoval e o visual da casa foi acentuado durante a quarentena. As pessoas subitamente passaram a notar que itens da sua casa estavam envelhecidos, quebrados ou simplesmente que não tinham alguns mimos domésticos. Durante este período descobriu-se novas necessidades, cômodos subaproveitados, e ambientes que careciam de mais conforto. Isto desencadeou uma nova frente de necessidades latentes até então. E este consumidor foi às compras. Os números de alguns segmentos voltados para o lar nos últimos meses pós-pandemia corroboram com esta tese.

Uma pesquisa realizada pela Ebit/Nielsen, mostra que o setor de cama, mesa, banho e decoração está rindo à toa apresentando expressivo crescimento no 1º semestre deste ano: 23,5%.  Um outro levantamento, desta vez da OLX Brasil aponta um curioso aumento na procura por objetos de decoração novos e seminovos na plataforma. As almofadas tiveram aumento de 494% nas buscas, enquanto os vasos um crescimento de 201% na procura, e os quadros alta de 187%. Já os móveis, um aumento de 94,4%. Os dados são da quarta semana de junho em comparação com a média das duas primeiras semanas de março (período pré-pandemia). Outro dado da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostrou que em junho último, duas atividades já exibiram patamares de vendas muito acima dos níveis pré-pandemia: materiais de construção (as vendas estão 15,6% acima de fevereiro) e de móveis e eletrodomésticos (12,9%) além é claro dos supermercados (8,9%).

A Anamaco, entidade que representa os comerciantes de Materiais de Construção, apontou que o grupo de produtos que registrou maior procura, foi o de revestimentos cerâmicos, com crescimento de 68% nas vendas. Depois, com 58% de aumento, veio os materiais básicos, como brita e cimento, seguidos de itens hidráulicos (49%), pintura (47%) e material elétrico (41%). O crescimento do revestimento cerâmico e dos materiais básicos mostra que as pessoas já não estão apenas fazendo pequenas adaptações e sim investindo em reformas. Estas mudanças no comportamento do consumidor têm mudando o foco das grandes redes de materiais de construção que tem expandido a presença de itens de decoração, jardinagem e organização nas suas prateleiras.

Já no mercado de eletroeletrônicos e o problema é outro. Muitas pessoas passaram a fazer a limpeza da casa sem ajuda de uma funcionária. Houve um boom no consumo de eletrodomésticos que facilitem as tarefas do lar. Com isso, o súbito aumento na procura por eletrodomésticos, eletroportáteis, equipamentos de informática e equipamentos fitness acabou ocasionando uma crônica falta de produtos. O descasamento entre o varejo e a indústria, que não estava preparada para este aumento de demanda, fez com que alguns itens rapidamente desaparecessem dos estoques e este quadro dificilmente será revertido ainda este ano. Dados do setor chamam a atenção para o crescimento de alguns artigos como o de aspiradores de pó, que vendeu inacreditáveis 351%. Já a venda de notebooks cresceu 173% desde março. A de tablets, 176%. E a de TVs e celulares, que vinham em queda antes da pandemia, subiram 126% e 125%, respectivamente.

Os dados acima deixam claro a existência de uma nova lógica de consumo no mundo todo. Há uma clara mudança nas atitudes e nas necessidades dos consumidores. E isto exige novas demandas por parte das empresas. O local onde moramos está atravessando por profundas transformações. Esta nova configuração exigirá novos olhares com produtos e soluções inovadores. E a sua empresa, já está pronta?

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