O Grupo GS& Gouvêa de Souza apresentará em dez cidades brasileiras o Retail Trends Pós NRF 2017. As palestras são destinadas para os empresários varejistas que não puderam ir à Nova Iorque conferir as novidades e tendências apresentadas nas palestras da NRF Retail’s Big Show, realizada entre 15 e 17 de janeiro e organizada pela National Retail Federation (NRF).
“Voltamos para o Brasil sensibilizados com o fato de que quanto mais a tecnologia se torna disponível, quanto mais ela transforma mercado, quanto mais ela muda a sociedade, pessoas e propósito passam a ser ainda mais relevantes”, enfatiza Marcos Gouvêa de Souza.
A programação dos eventos é a seguinte: 14/02 no Rio De Janeiro; 15/02 em São Paulo; 14/03 em Porto Alegre; 16/03 em Salvador; 21/03 em Recife; 22/03 em Natal; 27/03 em Campina Grande; 28/03 em Belo Horizonte e 30/03 em Curitiba. Confira a seguir as cinco tendências restantes observadas pelo Grupo GS& Gouvêa de Souza.
6 – Tecnologia e Inteligência
Muito mais que o congresso, a exposição do NRF Retail´s Big Show também é enorme e fonte de conhecimento e inspiração. Este ano, reuniu mais de 500 expositores que trouxeram soluções e inovações hightech para transformar a as lojas em uma verdadeira Loja do Futuro.
Óculos de realidade virtual sendo usados como ferramentas que permitem lojas mais enxutas e uma interação digital dos consumidores, robôs que automatizam do atendimento ao cliente até o estoque, scanners e impressoras 3D que permitem a máxima personalização de produtos, mas os rumores de que o Google está levando para dentro do ponto de venda ferramentas como o Google Analytics, “isso sim pode ser disruptivo para o varejo”, analisa o diretor de Inteligência de Mercado do Grupo GS& Gouvêa de Souza, Eduardo Yamashita.
7 – Nameless
Nas edições passadas, o NRF Retail´s Big Show lançava um novo termo que viraria a “bola da vez” no setor. Omnichannel foi uma dessas palavras/conceitos que, até hoje, permeia o varejo. “O que aconteceu foi que o tema Omnichannel foi muito menos falado, ou seja, esta deixando de ser uma palavra bacana e passou a fazer parte da rotina do varejista”, pontua o sócio-diretor da GS&COMM, especialista em e-commerce e cross channel, Ricardo Michelazzo.
Para ele, essa mudança está relacionada com a cultura interna da empresa. “O ambiente externo não vai conseguir impactar tão fortemente o ambiente interno a não ser que a gente se transforme. Então, quando vemos que as empresas que estão mais evoluídas em questões de omnicanalidade, elas têm uma relação muito forte com a cultura interna, ou seja, as pessoas estão de fato integradas no pensamento, nas ações, nas estratégias, nos processos… e aí sim temos as ferramentas de tecnologia para implementar isso de forma mais fácil e com muito mais escala”, analisa. Mas, além da inversão da pirâmide omni, é importante também humanizar a tecnologia para, de fato, engajar os consumidores nesta jornada.
8 – Analytics em todo lugar, mas e o dinheiro no bolso?
O que mais se ouviu nos corredores do Javits Center, centro de convenções onde aconteceu o NRF Retail´s Big Show, foi sobre a “democratização” do Analytics, mostrando como é importante para qualquer empresa do varejo – de qualquer tamanho – começar a apostar não apenas na coleta de dados, mas sim em como transformá-los em informação relevante e acionável.
Houve um case de sucesso apresentado pela GameStop, que transformou os dados coletados por meio do seu programa de fidelidade PowerUp Rewards, para conhecer seu consumidor em profundidade e, com isso, impulsionar ações de engajamento, diversificar sua oferta de produtos, expandir a base de clientes e transformar o negócio como um todo.
“O que eu vejo é que no Brasil ainda existe uma separação nessas disciplinas, então temos uma oportunidade gigantesca ao reunir os dados de todas essas bases de segmentações para uma oferta mais personalizada e segmentada”, avalia o sócio-diretor da wroi + lúcida, empresa especializada em Analytics e Marketing Digital, Vinicius Tsugi.
9 – S.A.L.E.S. People
“Acreditamos na fórmula 1 = 3. Uma pessoa excelente produz tanto quanto 3 pessoas boas”, disse o chairman da NRF e co-fundador da The Container Store, Kip Tindell, na abertura do NRF Retail´s Big Show. Neste processo transformador do varejo, apesar do grande avanço tecnológico, o que permeou várias discussões na convenção foi a importância da humanização no atendimento.
“É um dever das empresas, é um dever dos empresários e é um dever de todo staff de colaboradores para que a gente tenha um relacionamento mais sincero e mais caloroso com o nosso consumidor e que a gente alimente o varejo com as bases que ele sempre teve na sua construção: que é gente atendendo gente. O cliente hoje tem a opção de escolha e nós temos o dever de prestar um bom serviço”, destaca o sócio-diretor da GS&Friedman, especializada em Gestão e Treinamento de Pessoas, Fernando Lucena.
Isso obriga as empresas a fazerem diferente, desde o recrutamento e seleção dos colaboradores, passando por treinamento e empoderamento, até remuneração e retenção de talentos. Pois o colaborador é agente dessa transformação no varejo, sendo responsável por muito mais do que apenas uma transação comercial.
Surge o papel S.A.L.E.S. People, conceito criado pelo Grupo GS& Gouvêa de Souza, que reflete o colaborador que realiza muito mais do que apenas uma transação comercial, mas que é um Specialist (especialista, perito, técnico), Advocate (advoga, defende, colabora), Loyal (leal, dedicado, engajado), Entretain (recebe, diverte, acolhe) e Social (socializa, senso de comunidade, integração). Walmart USA, Macy’s e Ashley Stewart foram empresas que apresentaram seus conceitos para treinamento e retenção de talentos no varejo, no NRF Retail’s Big Show.
10 – Liderança Líquida
A presença cada vez mais latente da tecnologia permeando o varejo – como o crescente uso de inteligência artificial, por exemplo, que deve eliminar 47% dos empregos americanos, devido a novos processos de automação e uso de dados, nos próximos anos, segundo dados da Oxford University. Somado ao novo comportamento de consumo e ao surgimento de novos e importantes players no setor.
Com tantas mudanças em curso, cresce também a importância de um novo papel de liderança. Foi o que destacou a palestra com o fundador do Virgin Group, Richard Branson. A sócia da Bittencourt, empresa especializada em franquias e redes de negócios, Lyana Bittencourt, sintetizou os ensinamentos de Branson: “Um líder deve ter visão de futuro, otimismo como característica, pioneirismo, ousadia, valorizar a importância de delegar, elogiar o máximo possível, encontrar o bem nas pessoas, estar sempre aberto a ouvir, ter entusiasmo com o que faz e focar na hospitalidade”, aponta.
Fonte: Emobile