A gigante das entregas UPS contou que pretende mais do que dobrar as entregas de fim de semana em 2020. Essa estratégia surge no momento em que transportadoras de pacotes buscam maneiras de satisfazer as demandas sempre ativas dos clientes de comércio eletrônico, incluindo a crescente rival Amazon.
A maior varejista online do mundo foi pioneira na entrega de sete dias em 2013, em parceria com o Serviço Postal dos EUA (USPS), e agora está gastando bilhões de dólares para acelerar seu frete grátis.
“O comércio eletrônico dispara nos fins de semana, e os varejistas querem que os pedidos sejam entregues mais cedo”, disse o diretor de Marketing da empresa, Kevin Warren, em comunicado antes dos relatórios trimestrais da UPS e da Amazon divulgados na semana passada.
A UPS disse que pretendia expandir seu serviço de sábado durante todo o ano, que começou em 2017, para 40 milhões de clientes nos EUA. A empresa se recusou a divulgar seu volume atual de final de semana.
O volume médio de entregas gerais de fim de semana nos EUA dobrou para 13,5 milhões de unidades entre 2013 e 2019, informou a consultoria ShipMatrix. Isso foi impulsionado pelas vendas no varejo online, que subiram 127%, para quase US$ 591 bilhões em 2019, segundo a empresa de pesquisa eMarketer.
A UPS visa atrair mais varejistas que desejam acompanhar o ritmo da velocidade de envio da Amazon, enquanto mantém seus negócios na Amazon, que representam quase 20% do volume da empresa.
Uma barreira chamada Amazon
A UPS e a FedEx precisam adicionar mais pacotes por entrega para aumentar os lucros em remessas residenciais, disse Dean Maciuba, diretor da Logistics Trends & Insights. “O que impede que isso aconteça mais rapidamente é a Amazon”, disse Maciuba. Resultados recentes da FedEx ofereceram uma história de advertência.
Em dezembro, a empresa de Memphis reduziu sua previsão de lucro para 2020. Ela culpou em parte os custos de inicialização acima do esperado pelo serviço residencial que entregou quase 8 milhões de pacotes aos domingos entre a Black Friday — que caiu no ano passado entre 29 de novembro e o Natal.
* Imagem reprodução