Para Vander Giordano, da Multiplan, gentileza, solidariedade e liberdade são alternativas para o pós-crise

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Em sua participação em mais uma edição do Mercado & Consumo em Alerta, que faz parte de uma série de lives em parceria com a GS&MD, empresa do Grupo GS& Gouvêa de Souza, o vice-presidente Institucional da Multiplan, Vander Giordano, comparou o atual momento global com uma guerra. Segundo ele, muitos defendem que essa pandemia é a terceira guerra mundial, pois atinge duas premissas básicas que impactam diretamente a economia: logística e suprimentos. Para ele, no lugar de tiros temos algo muito pior, um inimigo invisível [a covid-19].

O executivo aponta para China, Coreia, Itália, Espanha e o mercado norte-americano, considerados, de certa forma, países a frente do restante do mundo contra a pandemia causada pelo novo coronavírus, uma vez que estão lidando com a maioria da parcela nos estragos. “No Brasil somos forjados a atravessar crises, mas não com essa magnitude. Certamente tiraremos grandes aprendizados para contribuirmos com a retomada de diversos setores brasileiros”, disse.

Ao resgatar alguns insights que a NRF [maior feira de varejo do mundo, que acontece em Nova York no início do ano], como digital, experiência e rupturas, o vice-presidente da Multiplan lançou a dúvida de qual será o próximo “jargão” depois de toda essa movimentação e enfrentamento à covid-19. Para ele, se o consumidor, que já estava inserido em um mundo digital, com experiências e quebra de paradigmas, depois te toda a experiência vinda da crise, as pessoas precisarão dar valor a três itens fundamentais: senso de liberdade, gentileza e solidariedade.

Do ponto de vista financeiro, Giordano explicou que o setor já disponibilizou mais de R$ 1 bilhão em capital de giro para sustentar aluguéis das lojas, contas e mão de obra, mas, segundo o executivo, a dimensão de como tudo vai funcionar daqui pra frente vai depender do suporte que o governo dará ao setor. Essa é a primeira vez na história que os 577 shoppings do Brasil estão fechados e suas receitas chegando a zero.

Sobre o futuro [não só dos shopping centers], o representante da Multiplan explicou que a recuperação não se dará de maneira uniforme, mas sim por regiões e características diferentes. “Os supermercados devem ancorar o retorno na sua normalidade, assim como as farmácias, já que saúde é um ponto muito importante no momento. Transporte, varejo e energia vão demorar uma pouco mais”, prevê Giordano, que pede para a população tentar tirar o medo dos pensamentos e convoca as empresas a olharem para fora da caixa na busca por soluções para a economia brasileira.

* Imagem reprodução

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