Segundo o CEO da Unitah, os novos terminais são encarados com o olhar de um strip mall e até mesmo um shopping center

Bueno Unitah

Na manhã desta sexta-feira (3), o Mercado & Consumo em Alerta reuniu Marcos Saad, cofundador da MEC MALLS e presidente da Abmalls; Luiz Fernando Ferraz Bueno, CEO da Unitah e Dorival Oliveira, vice-presidente do McDonald’s Brasil para falarem sobre os centros comerciais de proximidade.

Durante o bate-papo, mediado por Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da GS&Malls e Cristina Souza, CEO da GS&Libbra, o CEO da Unitah Empreendimentos, consórcio liderado pelo Grupo Rezek, responsável por explorar comercialmente as áreas de 13 terminais de ônibus urbanos integrados às linhas 1-Azul e 3-Vermelha do Metrô de São Paulo pelo prazo de 30 anos, e que concedeu uma entrevista exclusiva ao Mercado & Consumo pouco antes do webinar, disse que o grande desafio da empresa era quebrar esse olhar maturado de que os terminais poderiam sustentar apenas operações de alimentação.

Ainda segundo ele, o enorme diferencial do Praça Unitah, nome do projeto inspirado em modelos vistos em outras metrópoles do mundo, está no local onde estão e na conveniência oferecida no caminho de ida e vinda das pessoas que circulam pelos espaços. “A facilidade de oferecer um serviço no caminho das pessoas é a grande âncora da estratégia e é possível viabilizar um mix amplo de oferta nestes espaços. Já temos clínicas oftalmológicas, salões de cabelereiro e lojas de roupas dos mais variados tipos”, explicou. Vale destacar que a oferta do mix de lojas foi dividida em foodservice (35% a 40%), varejo (35%) e o restante em serviços.

A criação do Praça Unitah foi feita a partir de muitas pesquisas, inclusive com a colaboração do próprio metrô do Estado de Paulo, que compartilhou dados sobre padrão de fluxo e perfil das pessoas que passam por ele (mais de 5 milhões de pessoas por dia, sendo apenas nas linhas azul e vermelha, 4 milhão). “Graças a todas as pesquisas que envolveram profissionais qualificados, como o time da Gouvêa, pudemos entender todas as possibilidades, como faixa etária, nível econômico, número de pessoas transitando e horários de maior pico”, explicou o executivo, que revelou ainda que  todas essas pesquisas foram compartilhadas com os lojistas, para que eles também pudessem entender o perfil do público.

Além de todo mix (alimentação, varejo e serviços), Bueno conta que a empresa enxergou outro nicho potencial para o empreendimento. Ele explicou que havia um planejamento espaços de operação com até 1 metro e meio quadrado dentro dos terminais para abrigar micro comerciantes e que no meio do caminho foi capturado um operador de feira que se interessou pelo projeto. “Hoje estamos com terminais integrados aos metrôs Santana, Vila Matilde, Artur Alvim, Carrão e Penha com feira, inclusive feira de artesanato. Elas casaram super bem e terão frequência diária, com acesso a frutas, verduras e legumes frescos. Inclusive estamos estudando plataformas para facilitar a experiência de compras dos consumidores”, disse.

Bueno disse ainda que a empresa encara esses novos terminais com olhar de um strip mall e até mesmo de um shopping center. “Buscamos aquilo que tinha de mais qualificado para oferecer. O nosso ponto focal é dar sensação do ambiente com experiência”, revelou o executivo que também prevê espaços temporários, como pop-ups stores, nestes terminais previstos até o final do ano.

Este webinar contou com o patrocínio da ACI Worldwide, líder global na indústria de pagamentos, e que está à altura do desafio de capacitar a transformação digital de pagamentos no Brasil, especialmente agora diante da pandemia de COVID-19, que está impulsionando a transformação do cenário de pagamentos no Brasil.

* Imagem divulgação

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