Dia das Crianças terá presentes mais caros e deve movimentar R$ 18,8 bilhões no comércio

Pesquisa mostra que os consumidores pretendem comprar 2,3 presentes e gastar cerca de R$ 343, em média

Dia das Crianças terá presentes mais caros e deve movimentar R$ 18,8 bilhões no comércio

O Dia das Crianças deve aquecer o varejo nas próximas semanas com os consumidores dispostos a dar presentes mais caros neste ano. A data deve movimentar R$ 18,8 bilhões no comércio.

Segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise, em média, os consumidores pretendem comprar 2,3 presentes e gastar cerca de R$ 343. O valor é 41% maior do que os R$ 242 gastos em 2022.

Entre os entrevistados, 33% planejam gastar mais do que no Dia das Crianças de 2022; 40% pretendem gastar o mesmo valor e 14% têm a intenção de gastar menos.

Os principais motivos para gastar mais são: comprar um presente melhor (39%), comprar mais presentes (38%) e aumento do preço dos produtos (37%). Enquanto os que pretendem gastar menos justificam pelo orçamento apertado (27%), outras prioridades de compra (20%), pagar dívidas em atraso (20%) e economizar (18%).

A maioria pagará os produtos à vista (78%), principalmente com Pix (40%, sobretudo entre os mais jovens), dinheiro (33%) e cartão de débito (32%). Por outro lado, 42% planejam pagar parcelado, principalmente com o cartão de crédito (37%).

“Existe sempre uma expectativa por parte do comércio em relação ao Dia das Crianças, uma vez que a data sinaliza tendências dos consumidores e preferências de compras. O aumento no ticket médio dos presentes traz uma expectativa positiva para o setor”, afirma o presidente da CNDL, José César da Costa.

Entre os presentes, 44% pretendem comprar roupas ou calçados, 42% bonecas/bonecos, 26% jogos de tabuleiro/educativos e 22% aviões/carrinhos de brinquedo.

Locais de compra

Os principais locais de compra dos presentes estão concentrados nas lojas físicas (81%), principalmente em shoppings centers (37%), lojas de departamento (24%) e em lojas de rua/bairro (23%). Por outro lado, 37% pretendem realizar as compras na internet.

Entre aqueles que farão as compras pela internet, 77% devem utilizar os sites, 76% os aplicativos e 23% o Instagram.

Os sites de varejistas internacionais serão os locais de compras de 70% dos consumidores, enquanto 68% comprarão em sites de varejistas nacionais. Já 34% farão as compras em sites de lojas de departamento e 29% em sites de compra e venda de produtos novos ou usados.

Os fatores que mais influenciam na escolha do estabelecimento que pretendem comprar são: 56% preço, 48% pelas promoções e descontos, 42% qualidade dos produtos, 31% diversidade dos produtos e 27% pelo frete grátis.

Outros setores

Além do comércio, o Dia das Crianças deve movimentar outros setores como o de bares e restaurantes e de lazer. Nove em cada dez consumidores (92%) planejam comemorar a data, sendo que a maioria (60%) o fará em casa, seja na própria casa, de parentes, avós ou amigos. Já 32% farão algum tipo de passeio, seja em parque de diversão, eventos públicos, almoçar fora, cinema ou viagens.

De acordo com o levantamento, 78% dos consumidores pretendem pagar todos os presentes sozinhos, enquanto 18% pretendem dividir o valor com outras pessoas. Entre os motivos estão redução dos gastos (39%), orçamento apertado (22%) e preços dos presentes muito altos (19%). 59% pretendem dividir o pagamento das compras com o esposo(a), 20% com outros familiares e 18% com o pai/mãe da criança.

A pesquisa revela ainda que muitos dos compradores estão com orçamento apertado. De acordo com os entrevistados, 29% costumam gastar mais do que podem com as compras do Dia das Crianças.

Entre os que vão presentear nesta data, 9% pretendem deixar de pagar alguma conta para comprar o(s) presente(s) e 32% estão atualmente com alguma conta em atraso, sendo que 65% destes estão com o nome sujo.

A maioria (81%) pretende fazer pesquisa de preço antes de comprar o presente. O principal local de pesquisa será a internet (82%), sobretudo nos sites/aplicativos (72%), enquanto 68% farão pesquisa de preço offline, principalmente nas lojas de shopping (44%) e lojas de rua (41%). Entre os que vão utilizar sites e aplicativos para pesquisar preços, 69% utilizam os de varejistas, 68% de busca e 44% de lojas de departamento.

Imagem: Shutterstock

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