O foodservice voltará a ser o que era antes da pandemia?

O foodservice voltará a ser o que era antes da pandemia?

Comércios fechados, restaurantes sem previsão de funcionamento e demissões em massa. Esse foi o cenário enfrentado pelo segmento de alimentação fora do lar, o chamado foodservice, com as restrições sanitárias trazidas pela covid-19, especialmente nos estágios mais agudos da pandemia. Em 2020, o Brasil perdeu três em cada dez negócios voltados à alimentação fora do lar. Cerca de 300 mil estabelecimentos foram fechados, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

Mudanças no comportamento de consumo também impactaram o setor. Donos de restaurantes, padarias e bares tiveram que se reinventar e buscar oportunidades nos novos hábitos do consumidor. O crescimento do delivery no ano passado e em 2021 demonstra essa tendência – em 2020, 73% das franquias de alimentação adotaram o sistema, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF).

A reinvenção e a modernização dos negócios contou muito com a tecnologia. A digitalização nos estabelecimentos foi impulsionada e certas mudanças vieram para ficar, reconfigurando o foodservice para atrair esse novo consumidor, transformado pela pandemia. O cardápio digital e aplicativo de pedidos e pagamentos da Liuv são um exemplo disso.

Com o avanço da vacinação e o retorno ao funcionamento integral dos estabelecimentos, o setor renova os ânimos para uma recuperação mais expressiva. Uma nova pesquisa nacional da Abrasel, realizada em outubro, revelou que 79% dos consultados acreditam que as vendas de bares e restaurantes ainda devem aumentar até o fim do ano.

E as projeções são otimistas. O setor deve seguir avançando, baseado em uma oferta de soluções focadas na satisfação e na experiência dos consumidores. A expectativa é de que o segmento, que fechou 2020 com um valor 24% menor devido à pandemia (R$ 139,9 bilhões), encerre 2021 com um crescimento de 20% sobre esse número (R$ 166,9 bilhões) e com uma previsão de recuperação completa em 2022.

Estamos otimistas e acreditamos que o mercado de alimentação fora do lar deve continuar acelerando a modernização e digitalização de seus serviços para aumentar ainda mais a demanda, atrair público para os estabelecimentos e satisfazê-lo da melhor forma. Somos prova viva de que é nos desafios que muitas vezes surge a oportunidade de adaptar serviços e alçar novos voos, em cenários que, em princípio, parecem os mais desfavoráveis possíveis.

A resposta, portanto, é que, com todos os impactos da covid-19, o foodservice não voltará a ser o que era antes da pandemia, mas porque estará transformado e para melhor, com todos as inovações e adaptações que estão surgindo ao longo desse processo. Não voltará a ser o mesmo, porque estará cada vez mais conectado à tecnologia e personalizado com a necessidade do consumidor.

João Quintella é CEO e fundador da Liuv.
Imagem: Shutterstock

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