A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e o Google assinaram um acordo de cooperação para estreitar a colaboração e estudarem ações e projetos que aumentem a segurança cibernética no setor financeiro e a proteção contra roubos e fraudes para usuários do sistema operacional Android no Brasil e aplicativos bancários.
O acordo foi assinado pelo presidente da Febraban, Isaac Sidney, e pelo presidente do Google Brasil, Fabio Coelho.
“Esse trabalho conjunto possibilitará que o sistema financeiro passe a ter ferramentas tecnológicas de prevenção a fraudes mais eficazes”, diz Isaac Sidney, presidente da Febraban. “É mais um passo importante do setor para garantir a segurança dos serviços prestados. Estamos dando aqui uma resposta efetiva à sociedade de nosso compromisso com os clientes.”
A cooperação também prevê a criação de grupos de trabalho, promoção de estudos e outras atividades para garantir mais segurança aos clientes bancários e aos usuários do sistema Android.
“A colaboração entre o Google e a Febraban reforça nosso compromisso com a segurança dos usuários do Android e do sistema financeiro no Brasil. Unindo forças e expertise, poderemos desenvolver soluções inovadoras que protejam os brasileiros contra fraudes e promovam um ecossistema digital mais seguro para todos”, afirma Fabio Coelho, presidente do Google Brasil.
Pix e apostas
Em outubro, o presidente da Febraban reiterou que o setor bancário defende que meios de pagamento instantâneo, como o Pix, fiquem temporariamente suspensos para o pagamento de jogos de apostas online, os bets. Ele também admitiu que uma possibilidade seria impor uma espécie de limite ao uso desses meios até que a regulamentação do setor de apostas seja concluída.
“Um dos caminhos, ao invés de proibir o uso de meios instantâneos como o Pix para pagamento de apostas, é limitar, impor limites, por transação. Isso já acontece hoje. Por exemplo, no período noturno, das 20h até as 6h. Mas, de novo, o foco aqui não é um instrumento específico de pagamento. O foco é encontrar caminhos para evitar uma deterioração do nível de endividamento das famílias”, disse após se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em Brasília. Ele defendeu que seja feito um “freio de arrumação” enquanto não haja uma regulamentação definitiva das bets.
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