Inadimplência no País volta a crescer em fevereiro e atinge 70,5 milhões de brasileiros

O cartão de crédito é o vilão do endividamento, com 31,6% das dívidas

Inadimplência no país volta a crescer em fevereiro e atinge 70,5 milhões de brasileiros

O mês de fevereiro voltou a registrar o crescimento da inadimplência no País, com 70,5 milhões de brasileiros negativados. Segundo o Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa, o cartão de crédito é o vilão do endividamento, com 31,6% das dívidas, seguido pelas contas básicas (21,7%) e pelo setor de varejo (11,2%).

“A inflação e os juros altos são os principais fatores que explicam o atual cenário, além da sazonalidade desfavorável de fevereiro, que vem acompanhado de despesas típicas de início de ano, como IPVA, IPTU, reajuste das mensalidades e outros”, aponta o economista-chefe da Serasa Experian, Luiz Rabi.

O economista destaca que o uso do cartão de crédito para fazer compras básicas, como alimentação e remédios, é um dos motivos para o aumento do endividamento por esse meio. “Por isso, a relação com o parcelamento também deve ser pautada com base na organização financeira, para que não se torne mais uma dívida”, explica.

Somadas, o valor de todas as dívidas ultrapassou a quantia de R$ 326 bilhões em fevereiro, 24% maior que o mesmo período do ano anterior, de R$ 263 bilhões.

O valor médio das dívidas de cada inadimplente passou a ser de R$ 4.631,78. Já no Distrito Federal, Santa Catarina e São Paulo, o valor médio alcançou R$ 7.071,26, R$ 6.489,30 e R$ 5.343,33, respectivamente.

Os 10 Estados mais inadimplentes  

Com 52,69% da população inadimplente, o Rio de Janeiro alcançou a indesejada primeira posição no ranking de representatividade da população inadimplente no Brasil.

Com a menor renda per capita, a região Norte do País possui cinco dos seus sete Estados no top 10 de maior taxa de representatividade de inadimplência da população adulta: Amazonas (52,67%), Amapá (52,41%), Roraima (47,52%), Tocantins (45,49%) e Acre (45,07%)

De acordo com Luiz Rabi, o alto desemprego, que atinge milhões de brasileiros, ainda é um dos indicadores que contribuem para o crescimento da inadimplência nas regiões do país. “Alguns Estados que possuem grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro e o Distrito Federal, também figuram nas primeiras posições do ranking, devido à falta de oportunidade e recolocação no mercado de trabalho”.

Imagem: Shutterstock

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