Shopify vende braço de logística para Flexport e dispensa 20% dos funcionários

A empresa canadense estava investindo nos seus ativos de logística e, há menos de um ano, adquiriu a startup de entrega Deliverr

Shopify vende braço de logística para Flexport e dispensa 20% dos funcionários

A Shopify anunciou nesta quinta-feira, 4, a demissão de 20% do seu quadro de funcionários e a venda da sua operação de logística para a americana Flexport. O comunicado foi feito pelo CEO da Shopify, Tobias Lütke.

Com sede em Ottawa, no Canadá, a Shopify comercializa softwares para lojas online e sistemas de varejo de pontos de venda. No ano passado, a empresa reportou um crescimento nas vendas com o auge da pandemia, mas, em julho, cortou 10% dos funcionários. Neste último trimestre, encerrado em 31 de março, a Shopify registrou receita de US$ 1,51 bilhão (R$ 7,5 bilhões).

A empresa canadense estava investindo nos seus ativos de logística e, há menos de um ano, adquiriu a startup de entrega Deliverr. A venda da operação, que inclui a Deliverr, para a Flexport é uma tentativa de competir com a Amazon em entregas domiciliares de comércio eletrônico.

No comunicado da empresa, Tobias Lutke destaca a infraestrutura de logística como uma “missão secundária” da Shopify, que ainda terá uma participação de 13% na Flexport.

Demissões em massa

Os cortes da Shopify estão entre os maiores até agora em uma onda de demissões e congelamento de contratações que afeta as empresas de tecnologia.

O aumento das taxas de juros, a escassez da cadeia de suprimentos e a reversão das tendências da pandemia, incluindo trabalho remoto e compras no comércio eletrônico, esfriaram o segmento.

Várias empresas de tecnologia têm demitido após crescerem durante o período de isolamento social. Em 2022, a Netflix já demitiu cerca de 450 funcionários ao lidar com a perda de assinantes.

O Twitter, agora atolado em um impasse legal com Elon Musk, demitiu 100 funcionários. A própria empresa de Musk, a fabricante de veículos elétricos Tesla, cortou cerca de 200 pessoas. Outras empresas, incluindo Microsoft e Google, disseram que vão desacelerar as contratações.

Com informações de Estadão Conteúdo
Imagem: Shutterstock

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