Para Edgard Corona, o segredo para continuar a crescer na crise está na inovação
Com 238 academias das bandeiras Bio Ritmo e Smart Fit — de baixo custo — espalhadas pelo Brasil, a companhia agora investe na expansão internacional e já contabiliza mais de 100 unidades na América Latina. Para 2017, a expectativa é fechar o ano com 491 lojas no total.
Nesta entrevista, Edgard Corona, fundador e CEO do grupo, que tem 4 000 funcionários, fala sobre a importância da inovação para se manter na liderança desse mercado e expandir os negócios mesmo diante da desaceleração da economia.
Como mantiveram o crescimento?
Reduzimos o ritmo de expansão no Brasil e aceleramos na América Latina. Os destaques são o México, onde hoje somos líderes, e a Colômbia, onde entramos com muito sucesso.
Encerramos 2016 com 100 lojas na América Latina — 68 no México, 12 na Colômbia, dez no Chile, sete na República Dominicana e duas no Peru. Até o fim deste ano, prevemos abrir mais 30 lojas no México, 22 na Colômbia e 12 no Peru.
O que mudou no negócio?
Primeiro, houve um movimento de fazer a Smart 2.0, porque faltava um componente de diversão. Há aulas, como zumba, sh’bam e body balance, que promovem gasto calórico de forma divertida.
Por isso, colocamos uma iluminação especial, que pisca, para reproduzir o ambiente dos clubes de salsa e rumba. Criamos uma sala de balada — um investimento de 200 000 reais. Tudo para entregar uma experiência.
Os treinos viram uma festa. Também criamos uma aula em circuito, que atende por um preço acessível (em torno de 79 reais), o público do crossfit, uma modalidade cara. Outra novidade é o bar de isotônicos, uma área de relaxamento com um equipamento que lembra uma chopeira para tirar as doses dessas bebidas.
E por que reposicionar a Bio Ritmo?
Não havia um grande diferencial de entrega dela e das concorrentes de mesmo nível e a Smart Fit. Quando há muitos professores em sala, o atendimento é randômico e ninguém segue um conteúdo programático, porque, se não, não vende personal training. Começa a haver inconsistências nas entregas.
Para reposicionar a Bio Ritmo, fomos atrás das necessidades do cliente e criamos treinos padronizados para elas. Depois, ambientamos cada modalidade para a pessoa ter uma experiência. Na aula de race bootcamp, por exemplo, subimos a temperatura da sala de 19 graus para 23, para o cara suar. O professor é um carrasco, porque quem faz essa aula quer sofrer.
Hoje, quem entra na Bio Ritmo sente como se estivesse entrando num shopping com diversas lojas, para diferentes necessidades. Também criamos um sistema de reservas, para o aluno não chegar e descobrir que a sala está lotada.
Como manter a liderança do setor?
Inovando constantemente. Frequento as aulas em diferentes unidades, malho em academias do mundo todo e me coloco no lugar do cliente, pensando no que ele pode estar buscando.
Temos uma mentalidade de startup. Sempre que surge uma ideia, pegamos uma unidade e testamos, para errar e corrigir rápido, e ver se para de pé. Se funcionar, ampliamos. Se não, tentamos outra coisa. Isso motiva a equipe a inovar. Temos de estar sempre antenados. Pode ser que no futuro venhamos a ter, nas academias, experiências de realidade aumentada.
A pessoa vai estar em uma bicicleta e visualizar uma paisagem em 3D, ou se ver sendo ultrapassada por outra bike. Temos de estar preparados para não chegar atrasados quando isso acontecer.
Fonte: Você SA
Para Edgard Corona, o segredo para continuar a crescer na crise está na inovação
Com 238 academias das bandeiras Bio Ritmo e Smart Fit — de baixo custo — espalhadas pelo Brasil, a companhia agora investe na expansão internacional e já contabiliza mais de 100 unidades na América Latina. Para 2017, a expectativa é fechar o ano com 491 lojas no total.
Nesta entrevista, Edgard Corona, fundador e CEO do grupo, que tem 4 000 funcionários, fala sobre a importância da inovação para se manter na liderança desse mercado e expandir os negócios mesmo diante da desaceleração da economia.
Como mantiveram o crescimento?
Reduzimos o ritmo de expansão no Brasil e aceleramos na América Latina. Os destaques são o México, onde hoje somos líderes, e a Colômbia, onde entramos com muito sucesso.
Encerramos 2016 com 100 lojas na América Latina — 68 no México, 12 na Colômbia, dez no Chile, sete na República Dominicana e duas no Peru. Até o fim deste ano, prevemos abrir mais 30 lojas no México, 22 na Colômbia e 12 no Peru.
O que mudou no negócio?
Primeiro, houve um movimento de fazer a Smart 2.0, porque faltava um componente de diversão. Há aulas, como zumba, sh’bam e body balance, que promovem gasto calórico de forma divertida.
Por isso, colocamos uma iluminação especial, que pisca, para reproduzir o ambiente dos clubes de salsa e rumba. Criamos uma sala de balada — um investimento de 200 000 reais. Tudo para entregar uma experiência.
Os treinos viram uma festa. Também criamos uma aula em circuito, que atende por um preço acessível (em torno de 79 reais), o público do crossfit, uma modalidade cara. Outra novidade é o bar de isotônicos, uma área de relaxamento com um equipamento que lembra uma chopeira para tirar as doses dessas bebidas.
E por que reposicionar a Bio Ritmo?
Não havia um grande diferencial de entrega dela e das concorrentes de mesmo nível e a Smart Fit. Quando há muitos professores em sala, o atendimento é randômico e ninguém segue um conteúdo programático, porque, se não, não vende personal training. Começa a haver inconsistências nas entregas.
Para reposicionar a Bio Ritmo, fomos atrás das necessidades do cliente e criamos treinos padronizados para elas. Depois, ambientamos cada modalidade para a pessoa ter uma experiência. Na aula de race bootcamp, por exemplo, subimos a temperatura da sala de 19 graus para 23, para o cara suar. O professor é um carrasco, porque quem faz essa aula quer sofrer.
Hoje, quem entra na Bio Ritmo sente como se estivesse entrando num shopping com diversas lojas, para diferentes necessidades. Também criamos um sistema de reservas, para o aluno não chegar e descobrir que a sala está lotada.
Como manter a liderança do setor?
Inovando constantemente. Frequento as aulas em diferentes unidades, malho em academias do mundo todo e me coloco no lugar do cliente, pensando no que ele pode estar buscando.
Temos uma mentalidade de startup. Sempre que surge uma ideia, pegamos uma unidade e testamos, para errar e corrigir rápido, e ver se para de pé. Se funcionar, ampliamos. Se não, tentamos outra coisa. Isso motiva a equipe a inovar. Temos de estar sempre antenados. Pode ser que no futuro venhamos a ter, nas academias, experiências de realidade aumentada.
A pessoa vai estar em uma bicicleta e visualizar uma paisagem em 3D, ou se ver sendo ultrapassada por outra bike. Temos de estar preparados para não chegar atrasados quando isso acontecer.
Fonte: Você SA