A Petrobras anunciou que reduzirá o preço do diesel em 3,5% a partir da sexta-feira, 5, nas suas refinarias. O litro do combustível teve uma queda de R$ 0,20, passando a custar R$ 5,41, informou a estatal. Sem reajuste há quase 50 dias, o diesel estava sendo negociado em média no Brasil acima do preço internacional.
“Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para o diesel, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, disse a empresa me nota.
Em videoconferência com analistas na semana passada, o diretor de Comercialização e Logística da estatal, Claudio Mastella, havia indicado que ainda observava o movimento de queda do preço do diesel “com cautela”, apesar das pressões do governo para que a estatal reduzisse o preço.
Segundo a Petrobras, considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 5,05, em média, para R$ 4,87 a cada litro vendido na bomba.
Desinvestimentos
A soma de ativos da Petrobras vendidos nos últimos sete anos atingiu a marca de R$ 280,4 bilhões até julho. Desde o início de 2015, com a implementação do programa de desinvestimento, foram negociados 67 ativos da estatal, sendo a maioria (40%) do setor de Exploração e Produção de petróleo (E&P), informa o Privatômetro do Observatório Social do Petróleo (OSP).
A maior parte das vendas foi concretizada no governo Bolsonaro, contabilizando R$ 175 bilhões, representando 62,4% do valor total.
O Privatômetro mostra ainda uma queda acentuada nos investimentos em energias renováveis. Desde o início do programa de desinvestimento, a Petrobras já vendeu R$ 2,6 bilhões nesse setor, quase 1% do total privatizado.
Com informações de Estadão Conteúdo: (Denise Luna)
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