A Danone implementou um projeto de análise de dados, junto com uma rede de supermercados do Sul do Brasil, para auxiliar na recuperação de vendas no setor varejista. A nova tecnologia começou a ser aplicada em junho e já resultou em cerca de 1.800 ações relacionadas à ruptura de estoque na loja e à desorganização das gôndolas. O trabalho é uma criação da retailtech Involves, e a abordagem Execução 4.0 integra informações da indústria e do varejo, impulsionando a resolução ágil de questões nos Pontos de Venda (PDVs).
“Quanto mais conectar varejo e indústria para solucionar problemas, mais rápido vai crescer o faturamento, e mais rápido vamos reduzir as perdas e o estoque virtual, que acaba impactando não só o consumidor, mas a cadeia como um todo”, aponta o head de Merchandising da Danone, Guilherme Mendes.
Outra preocupação dentro do projeto de Execução 4.0, tanto para a Danone quanto para a rede de supermercados, era o vencimento dos produtos, juntamente com o abastecimento. Durante os dois meses de testes de integração, foram geradas 3714 missões de verificação de validade, que destacavam a questão do vencimento dos produtos.
“Os produtos Danone exigem uma atenção maior com relação ao tempo de prateleira. Evitar a perda dos SKUs no varejo era o desafio que conseguimos monitorar e garantir que ações pudessem ser tomadas de forma antecipada – como por exemplo, estabelecer promoções”, conta o CEO da Involves.
Involves
A Involves identificou algumas dificuldades na indústria e no varejo que limitavam o crescimento das vendas. Entre elas, a falta de tempo da indústria para acompanhar todos os SKUs e a ausência de visibilidade completa em relação à conformidade do mix de produtos nas lojas.
“Nós tínhamos os dados dos dois lados, mas eles não conversavam. Ou seja, os promotores da Danone cumpriam suas tarefas nos dias planejados pelo roteiro. Porém, o que acontecia no varejo durante esse período não chegava para a Danone a tempo de fazer correções importantes no PDV e combater situações de ruptura, por exemplo”, declara o CEO, André Krummenauer.
No caso do varejo, havia desafios na monitorização da execução, especialmente em grandes lojas, onde a equipe de reposição enfrentava uma dinâmica altamente competitiva que ia além do simples monitoramento da execução.
Imagens: Shuttterstock e Divulgação