A Black Friday de 2022 deve movimentar cerca de R$ 6,05 bilhões no e-commerce brasileiro, mostra levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Se confirmado, esse número vai representar, para o varejo online, um crescimento de 3,5% em relação à mesma data do ano passado.
O número de pedidos feitos online deve ultrapassar 8,3 milhões. O estudo revela que as categorias mais aquecidas na Black Friday deste ano serão telefonia, eletrônicos, informática, eletrodomésticos e eletroportáteis, moda, beleza e saúde.
A ABComm classifica o crescimento de 3,5% como “tímido” e destaca que esta é uma tendência para as grandes datas do varejo neste ano. Ressalta, porém, que a Black Friday e essas outras datas são oportunidades importantes para o empreendedor otimizar seus resultados.
O e-commerce cresceu em média 3% no primeiro semestre de 2022 em relação aos primeiros seis meses de 2021, um pouco abaixo dos 5% previstos. Entre os motivos para este resultado, está o aumento dos combustíveis. A menor oferta de frete grátis também impacta as vendas.
Outros motivos, como o boom do e-commerce na pandemia, o retorno das vendas presenciais e eventos como Copa do Mundo e eleições 2022 também podem afetar as vendas na Black Friday.
Em 2021, a modalidade “pick up in-store”, na qual o cliente faz o pedido online e retira presencialmente na loja, apresentou crescimento de 139% no período. Os dados demonstram a importância de o varejo online caminhar sempre ao lado do modelo tradicional.
“É importante que as empresas estejam atentas às pesquisas e aos órgãos que estudam o movimento do mercado para traçar estratégias que auxiliem na tomada de decisões. Apesar dos desafios da economia e do crescimento leve no setor, o volume de receita é um estímulo aos empreendedores”, afirma Alexandre Crivellaro, diretor de Inteligência de Mercado da ABComm.
A Black Friday se consolidou no Brasil como data importante não só para o comércio eletrônico, mas para o varejo em geral. “É uma data que as pessoas esperam um volume maior de vendas, uma vez que já caiu no gosto popular. Os consumidores esperam esse período para comprarem diversos produtos, que geralmente são mais caros, com um desconto mais atrativo. É muito importante que os varejistas sempre se antecipem para atenderem a esse aumento de vendas por meio da preparação de estoque, logística e dos canais de atendimento pós-venda”, finaliza Alexandre Crivellaro.
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