Meses após relançar o Personnalité, segmento do banco de varejo que atende os clientes de alta renda, o Itaú Unibanco vai estender o movimento ao Uniclass, que é o “meio da pirâmide”. Tendo como garotos-propaganda o ator americano Sylvester Stallone e o apresentador de TV brasileiro Marcos Mion, o conglomerado vai testar os motores da transformação digital em um segmento que tem potencial, mas é desafiador justamente por ser numeroso e demandar exclusividade no atendimento.
O Uniclass veio do Unibanco, que se uniu ao Itaú em 2008. O relançamento que começou na segunda-feira, 2, é o primeiro em uma década e, no processo, o nome será mantido.
Atendimento
No Uniclass, o Itaú quer sinalizar ao cliente que ele tem acesso a um atendimento mais personalizado que o do varejo – embora não seja o mesmo do Personnalité. O programa de benefícios Minhas Vantagens, do segmento superior, também irá para o Uniclass, mas com regras diferentes.
Outra arma é a oferta de crédito, do cartão ao financiamento imobiliário, além da consultoria para outros produtos, como investimentos e seguros. O objetivo é tornar o cliente mais fiel, esforço que o conglomerado e o mercado têm empreendido para fazer mais com menos, ou, neste caso, obter mais receita com o mesmo cliente.
“Ficou muito clara a abordagem de vários competidores no mercado de alta renda e até mesmo no que chamamos de entrada, que é a baixa renda. Vimos uma oportunidade grande na média renda”, diz Rodrigo Baia, diretor do segmento Uniclass no Itaú. O banco não revela quantos clientes tem na faixa, que contempla indivíduos com renda mensal entre R$ 5 mil e R$ 15 mil.
O especialista em serviços financeiros e pagamentos Gueitiro Matsuo Genso diz que será na média renda a próxima etapa da disputa entre bancos tradicionais e digitais. “Esse cliente bancário tende a ser muito mais digital e compra uma ampla quantidade de produtos”, afirma.
Com informações de Estadão Conteúdo (Matheus Piovesana)
Imagem: Shutterstock