O Web Summit, maior evento de tecnologia segundo a Financial Times, está com o maior número de startups participantes na edição deste ano. As 2.296 empresas estão reunidas em Lisboa, Portugal, até esta sexta-feira, 4 de novembro. Ao todo, as companhias representam 94 países e durante quatro dias apresentaram seus produtos e serviços para dezenas de investidores e interessados no mercado.
O espaço destinado para exposição esgotou seis semanas antes da data da conferência, com uma área total de 8.478 metros quadrados para expositores e patrocinadores. Entre as startups, os segmentos mais representados foram os de SaaS (Software como serviço), fintech, Inteligência Artificial, e-commerce e publicidade.
A edição deste ano também foi a que teve seus ingressos vendidos o mais rápido possível, cerca de três semanas antes do início as entradas estavam esgotadas. Durante os três primeiros dias de evento, o Web Summit também atingiu a capacidade máxima de 71,033 pessoas vindas de 160 países.
Investidores
O número de investidores também aumentou nesse ano. Segundo as informações do próprio Web Summit, são 1.081 investidores, de 60 países diferentes, buscando as startups mais interessantes em estágio inicial. Os investidores que compareceram ao evento possuem portfólios que representam 30% do valor global de negócios este ano, apontou a PitchBook.
Novamente para edição deste ano o Web Summit fechou parceria com a PitchBook para realização da pesquisa anual dos investidores. O levantamento ainda mostrou que 80% dos investidores concordam que eventos geopolíticos causam impactos nas estratégias de investimento.
Mulheres no setor de tecnologia
Neste ano, aproximadamente 30 mil participantes, 42% do total, e 34% dos palestrantes são mulheres. Os dados de participação feminina entre os palestrantes são semelhantes aos de 2021, já no público geral ocorreu uma pequena queda ante o ano anterior. Na feira também são ao todo 400 startups fundadas por mulheres.
No começo deste ano, o Web Summit encomendou um estudo acerca das mulheres nas comunidades de tecnologia. Segundo a pesquisa, 49,5% dos respondentes disseram ter passado por uma situação de sexismo no último ano.
O levantamento ainda mostrou que 66,9% das entrevistadas afirmaram sentir que não são pagas de maneira justa comparada aos homens que exercem a mesma função. Além disso, 62,9% pontuaram que se sentem pressionadas para escolherem entre a carreira e a família pelo menos algumas vezes.
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