Redesign 2014 – Como energizar a loja em 5 tendências de design

Na última semana de maio a Fecomércio SP abrigou, durante dois dias, a terceira edição do Redesign, principal evento do setor de design de varejo no país. Organizado pela GS&MD e com consultoria do arquiteto Manoel Alves Lima, o evento trouxe renomados pensadores do design nacional e internacional. Andrew McQuilkin, presidente internacional do Retail Design Institute foi um dos keynotes internacionais, que apresentou as principais tendências de design internacionais e como tais intervenções vão muito além da estética e conferem uma nova experiência de consumo.

1. CROMÁTICO

Espaços que se apropriam das cores do arco-íris para exprimir a personalidade da loja, tal qual a Asian Paints, que apostou em uma loja-conceito em que não se vende produtos, mas, sim, fortalece a experiência do consumidor com o universo da marca de tintas, que como em um reality game, passeia por ambientes multicoloridos e responde a questionários a fim de identificar o seu “perfil de cor”.

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2. MONOCROMÁTICO

Marcas que se apropriam de uma única cor para criar a sua identididade (brand color). Na The Flagship Store, patrocinada pela Reebok no New Meadowlands Stadium, em Nova Jersey, tinha um grande desafio pela frente: o estádio serve a dois grandes times de futebol americano – o Giants e o Jets. O primeiro, tem como cor característica o azul, enquanto o outro tem a alma “verde”.  A solução: um projeto em que o LED é a estrela do time: a luz “tinge” o ambiente ora de verde, ora de azul. A equipe precisa estar em forma para atualizar também todos os expositores, trocando os produtos quinzenalmente.

3. HERANÇA

Um olhar para o passado, para o que é tradicional, para a história (da marca, ou do local em que ela está inserida), buscando afinidade entre o novo e o antigo. Assim como fez a Anthropologie, uma marca que vai além da venda de artigos femininos, traduzindo-se em estilo de vida, que resgata memórias afetivas. A própria arquitetura da loja “conversa” com o imóvel antigo, preservando acabamentos centenários.

4. IMERSÃO

O consumidor assume o papel de personagem da história (storytelling) narrada pela marca. Como fez a Bass Pro Shop, varejista de equipamentos para caça e pesca, que transformou seu ponto de venda em uma área de entretenimento e encantamento, na qual o consumidor sente-se como se estivesse no fundo do mar, cercado por entretenimento, como o boliche, e que pode, no final de sua experiência, comprar algum equipamento também…

5. LOCAL

Trazer a vizinhança, o entorno, a história do local, como fez a rede REI ao se instalar em um antigo prédio em Nova York, que antes era uma gráfica. A loja de 34 mil metros quadrados possui três andares e várias atrações, mas manteve a identidade do edifício, preservando alguns maquinários e artefatos de impressão e tipografia, preservando a história local.

O especialista também citou outras tendências, como a biomimética (que evoca a natureza), a textura, a hiper escala e o reúso de objetos e espaços antigos sob uma nova ótica. Mas isso já é história para o próximo post.

Imagens: Reprodução

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