O futuro do trabalho e a IA como instrumento para impulsionar equipes, não para substituí-las

O futuro do trabalho e a IA como instrumento para impulsionar equipes, não para substituí-las

Nos últimos anos, a Inteligência Artificial (IA) tem se mostrado uma força transformadora em diversos setores e a área de Recursos Humanos (RH) não ficou para trás. Segundo uma pesquisa recente apresentada na 21ª edição do HR First Class, evento que reúne líderes e executivos de RH das maiores empresas do Brasil, com patrocínio da Safe Care, empresa especializada em gestão 360 de planos de saúde corporativos, a IA está se tornando um elemento imprescindível nas estratégias corporativas de RH, trazendo consigo um leque de perspectivas, soluções e desafios.

Uma conclusão relevante da pesquisa revela que a substituição de empregos por IA não é a principal preocupação dos líderes de RH. Apenas 6% dos entrevistados se mostraram preocupados com essa questão. Isso reflete um crescente reconhecimento de que a IA, especialmente para líderes e áreas estratégicas como RH, não representa uma ameaça direta aos empregos, mas sim uma ferramenta capaz de aprimorar o desempenho, a eficiência, a produtividade e a tomada de decisões das equipes. Além disso, a IA pode automatizar tarefas repetitivas, liberando tempo para atividades mais estratégicas e criando novas oportunidades de trabalho.

Os resultados da pesquisa também revelam uma adoção significativa da ferramenta: mais da metade das empresas pesquisadas já estão implementando algum tipo de IA, enquanto uma parcela considerável está explorando suas possibilidades. Além disso, a pesquisa destaca uma lacuna de conhecimento em torno da IA Generativa, um campo emergente com potencial para transformar a interação e a criação de conteúdo pelas máquinas.

Com a ferramenta se tornando cada vez mais presente no RH, o ideal é que as empresas se preparem para essa transformação investindo em treinamento para os colaboradores, garantindo a segurança e a ética no uso da tecnologia e explorando ao máximo o potencial da IA para otimizar os processos de RH.

Os benefícios percebidos incluem a agilidade nos processos, a identificação e correção de gargalos e a automação de tarefas repetitivas. Esses ganhos de eficiência estão no centro das atenções de líderes e gestores estratégicos, que os consideram fundamentais para a competitividade das empresas em um mercado em constante evolução. Além disso, a IA está promovendo uma tomada de decisão mais precisa e cada vez mais embasada em dados, o que aumenta a assertividade nas estratégias de negócio.

No contexto específico de Recursos Humanos, a ferramenta está sendo aplicada de diversas maneiras, desde o aprimoramento dos programas de gestão de pessoas até a otimização dos processos de recrutamento e seleção. Grandes empresas, que inclusive hoje fazem parte do portfólio atendido pela Safe Care, empresa da qual estou à frente com muito orgulho, já utilizam e têm resultados consistentes com a ferramenta, apresentando casos de sucesso que ilustram como a IA pode impulsionar o crescimento e a inovação organizacional.

É fundamental compreender que a IA não é uma solução definitiva, mas sim uma ferramenta em constante evolução, que requer entendimento e uma compreensão cada vez mais especializada, além, é claro, de uma abordagem ética e responsável. Precisamos perceber a IA como um meio para alcançar objetivos, não um fim em si mesma.

Diante do contexto atual, fica evidente que as tecnologias, especialmente a IA, desempenham um papel estratégico e até vital para as empresas. Elas têm o potencial de gerar impactos significativos em sua sustentabilidade a longo prazo. No entanto, é importante manter um compromisso contínuo com a educação e a governança para garantir que a IA seja aplicada de forma benéfica para a sociedade como um todo.

A aplicação da IA no setor de RH é um caminho promissor, porém repleto de desafios e responsabilidades. Com o suporte de empresas como a Safe Care, que investem em soluções inovadoras para a gestão de recursos humanos, podemos moldar um futuro em que a IA seja uma aliada na busca pela excelência e pelo crescimento sustentável. Ao adotarmos uma abordagem colaborativa e centrada no ser humano, podemos explorar ao máximo o potencial transformador dessa tecnologia e desenvolver organizações mais ágeis, eficientes e, ainda assim, humanizadas.

Katia de Boer é diretora Comercial da Safe Care.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da MERCADO&CONSUMO.
Imagem: Shutterstock

Sair da versão mobile