Para aumentar eficiência, Calçados Bibi apostam em conceito de Indústria 4.0

Fabricante comprou novos equipamentos e alterou o layout fabril para levar automação e tecnologia para as linhas de produção

Fundada há 72 anos, a Calçados Bibi, que tem fábricas nas cidades de Parobé (RS) e Cruz das Almas (BA) e produz mais de 2 milhões de pares de calçados infantis por ano, está apostando no conceito de Indústria 4.0. A ideia é levar automação e tecnologia para as linhas de produção. Para isso a fabricante comprou novos equipamentos e alterou o layout fabril.

As novidades incluem maquinários com inteligência israelense para a área de costura, além de tecnologias inteligentes, aplicadas à engenharia a fim de aprimorar a gestão das fábricas.

Modelos de simulação computacional e pesquisas operacionais, que transformam dados em linguagem matemática para o desenvolvimento de modelos de simulação, também estão entre as apostas da marca. Com esses modelos é possível ver as unidades operando em 3D pelo computador. A tecnologia também foi utilizada para estruturar o novo layout das fábricas.

“Em abril, inaugurarmos o novo layout fabril da unidade de Parobé. Mantendo a capacidade produtiva, porém com expectativa de maior eficiência e produtividade futura. Visualmente o novo layout proporcionou mais espaço no pavilhão e a possibilidade de o calçado levar 130 metros para atravessar a fábrica, em vez de 1130 metros que era o percurso no layout anterior. Com o fluxo mais organizado e otimizado, a fábrica fica mais flexível e rápida para que possamos atender o mercado”, diz Rosnaldo Inácio da Silva, diretor de operações e competitividade da Calçados Bibi.

Alteração de layout

A alteração do layout teve início há dois anos e meio na fábrica de Cruz das Almas, aumentando a eficiência em 18%, a capacidade produtiva em 20% e diminuindo a ocupação em 49%. No Rio Grande do Sul, as perspectivas são de que haja um aumento de 12% na capacidade e crescimento de 10% na produção com a alteração do layout.

“Buscar competitividade dentro das áreas industriais passa por compreender que o propósito da manufatura é servir o mercado. Desse modo, somos desafiados pelo curto ciclo de vida de produtos de moda, a buscar renovação em design, mas também em processos, materiais e gestão. A numerosa quantidade de concorrentes, nos exige trabalhar dimensões competitivas que vão além da manufatura, como marca e distribuição”, afirma.

Segundo ele, o grande desafio na área de engenharia hoje é alinhar a estratégia de produção com a estratégia corporativa, fazendo com que as unidades encontrem outros meios de competição, além da tradicional escolha dicotômica de elevação de eficiência para competição por custo baixo.

A marca conta  hoje com uma rede de franquias com mais de 130 lojas, exportamos para mais de 70 países e estamos presentes em 3,5 mil multimarcas em todo o Brasil.

Imagens: Divulgação

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