Leilão do 5G rende, no primeiro dia, R$ 7 bi de outorga e deságio médio de 247%

Foram 26 lotes licitados, e dois de abrangência nacional da faixa de 3,5 GHz não receberam interessados

Leilão do 5G rende, no primeiro dia, R$ 7 bi de outorga e deságio médio de 247%

No maior leilão da história do País, atrás apenas da licitação do pré-sal, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) conseguiu vender praticamente todos os lotes de frequências ofertadas do 5G. O governo conseguiu arrecadar R$ 7,089 bilhões, um ágio de 247% sobre o lance mínimo das faixas ofertadas nesta quinta-feira (4) de R$ 2,043 bilhões. Os números foram calculados pela Conexis, entidade que representa as maiores operadoras do País.

Foram 26 lotes licitados, e dois de abrangência nacional da faixa de 3,5 GHz, a principal do 5G, não receberam interessados. Também resultou num certame deserto a oferta do lote F04, destinado a oferecer tecnologia 4G na Região Nordeste, dentro da faixa 2,3 GHz. A Brisanet já havia arrematado o lote E4, na mesma faixa, para atender a região com 4G. A diferença entre os lotes tipo E e tipo F é que o primeiro conta com 50 MHz no bloco e, o segundo, 40 MHz.

As principais operadoras do País arremataram os blocos mais nobres, mas quatro empresas conseguiram entrar no mercado de telecomunicações e devem ampliar a concorrência no setor. O leilão continua na sexta-feira, 6, com a faixa de 26 GHz, que tem o compromisso de levar conectividade até as escolas públicas urbanas e rurais.

A Telefônica Brasil S.A. arrematou o segundo lote (B02) para implantação da tecnologia 5G ofertado pela Anatel, com oferta de R$ 420 milhões, e ágio de 30,69%. Já a TIM levou o terceiro lote (B03), com R$ 351 milhões, apresentando um ágio de 9,22%.

Com abrangência nacional na faixa 3,5 GHz, os lotes exigem uma série de compromissos da empresa vencedora, como a implantação do 5G em municípios com mais de 30 mil habitantes, backhaul de fibra óptica em cidades, compromissos associados à migração de canais transmitidos por TV parabólica para uma nova banda (Ku), e à implementação de redes públicas.

Com informações de Estadão Conteúdo (Anne Warth e Amanda Pupo)
Imagem: Bigstock

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