Consumidores olímpicos: conheça o público desse nicho esportivo no Brasil

“A essência e os valores entre os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo são parecidos, mas para nós, de mídias só futebol é mais fácil. Na Copa, há folga nas escolas, comemorações estendidas, calendário preparado, as pessoas simplesmente param. Já nos Jogos, não. A mobilização é fragmentada e a construção é contínua, crescente, envolve mais países e diversas modalidades”, ressalta Andréa Tuttman, diretora de Inteligência de Esportes do Grupo Globo.

A disciplina e a glória presentes nos Jogos Olímpicos, que acontecem com um grande intervalo de tempo, chamam a atenção do consumidor brasileiro. Andréa pesquisa esportes no grupo desde 2004. Em pesquisas de segmentação, percebeu que 70% da população brasileira tem interesse em esportes. Após diversas entrevistas, percebeu-se que as motivações para o consumo de esportes são muitas e, entre elas há três principais drivers: capital social, identidade e emoção.

Algumas histórias incríveis, muitas vezes inesperadas, constroem um imaginário cheio de possibilidades na população brasileira e fomentam o seu interesse nos esportes. Além disso, o fair play, que envolve o mundo todo se ajudando em cooperação, as lendas, que se consagram na nossa memória, e os fatos inéditos, que só o “ao vivo” pode proporcionar também são pontos muito relevantes em torno do acontecimento.

De acordo com Andréa, os aprendizados de 2016, quando sediamos um evento tão importante, foram inúmeros. A cobertura, gigante. “Aprendemos que o digital é incrível, mas TV ainda foi a maior protagonista”. A expectativa para Tokyo é que a tecnologia, muito mais evoluída, só venha a agregar e que a presença do digital cresça majoritariamente. Em suma, com certeza não adianta esperar que imprevistos não aconteçam, mas o evento vem sendo preparado com muito empenho e as surpresas vem por aí.

De acordo com ela, a vivência e o repertório trazem o diferencial do Grupo Globo. “Os SporTVs vão continuar com o conteúdo ao vivo, focado nos detalhes. O site (GE) vai reunir o que está na Globo. Já a TV Globo, em si, entende que a jornada do consumidor é extremamente relevante e o nosso ecossistema vem se preparando para isso. Se é importante, a emissora vai transmitir da maneira mais customizada possível”, conclui.

Imagem: Mateus Souto/R1

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