Previsão de compra por concorrente francês movimenta papel do Carrefour no Brasil

Rede de supermercados Auchan está desenhando uma proposta para criar a maior rede de supermercados da França

Previsão de compra por concorrente francês movimenta papel do Carrefour no Brasil

As ações do Carrefour Brasil ON lideraram as altas do Ibovespa durante boa parte da manhã desta quinta-feira, 5, com ganho de cerca de 4,44%, após a informação de que a rede de supermercados Auchan estaria desenhando uma nova proposta de aquisição do rival Carrefour, na França.

Segundo a Bloomberg, a companhia tem tido conversas com fundos de private equity, como a CVC Capital Partners, sobre uma possível parceria para fazer uma oferta conjunta.

Ainda de acordo com a agência, uma combinação dos negócios com o Carrefour levaria a família fundadora da Auchan, Mulliez, a criar a maior rede de supermercados da França e fortalecer sua posição em meio a desafios propostos pelos rivais alemães de baixo custo.

Qualquer negócio precisaria do apoio dos acionistas-âncora do Carrefour, a família Moulin e do empresário do varejo brasileiro Abilio Diniz.

Varejo alimentar brasileiro

O presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, lembra que, se a história for confirmada, essa seria a entrada da família controladora da Auchan no varejo alimentar brasileiro.

Os Mulliez já têm presença no País por meio de outras marcas varejistas como a Decathlon e a Leroy Merlin. No entanto, o movimento no segmento alimentar é relevante, pois a operação brasileira é considerada uma fortaleza no Grupo Carrefour, especialmente por ter na carteira a rede de atacarejos Atacadão, que entrega números robustos de crescimento à matriz.

A gestão da Auchan é considerada bem sucedida e mais caracterizada por presença dos donos do negócio. Do lado do Carrefour, a condução da companhia é feita de maneira mais pulverizada.

Para Terra, a suposta combinação de negócios – da qual não se sabe detalhes – geraria sinergias e daria à Auchan uma escala importante na França. Do lado brasileiro, o movimento dos acionistas parece se relacionar à perspectiva de um novo investidor qualificado no negócio que teria planos de crescimento para a companhia.

Com informações de Estadão Conteúdo (Luísa Laval e Talita Nascimento. Colaborou Victoria Netto)
Imagem: Grand Warszawski/Shutterstock.com

Sair da versão mobile