Nas livrarias, janeiro é um mês tradicionalmente forte em vendas. A volta às aulas explica muito essa sazonalidade. No entanto, no ano passado, editoras de livros didáticos resolveram pisar no freio e procurar outros canais para escoar a sua produção.
Era a resposta delas à crise de dois importantes varejistas de livros: Cultura e Saraiva, que pediram recuperação judicial no fim de 2018. Na época, a GfK, que monitora a venda de livros em livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento, apurou queda de 25% em relação ao janeiro de 2018.
Parte dessas perdas foram compensadas agora nesse ano. O instituto acaba de publicar a primeira edição de 2020 do relatório que acompanha a evolução mensal do varejo de livros no Brasil. O documento é realizado em parceria com a Associação Nacional de Livrarias (ANL).
Entre os dias 30 de dezembro e 2 de fevereiro, os estabelecimentos monitorados pela GfK venderam 5,3 milhões de exemplares e faturaram R$ 273 milhões. Quando comparados com igual período de 2019, esses números representam crescimento de 8,2% em volume e de 5,7% em valor.
O preço médio do livro apresentou retração de 2,2%, fechando janeiro de 2020 a R$ 51,25. Além disso, o patamar de descontos ao consumidor se manteve em nível mais elevado do que no anterior, ficando em 9,7%.
As categorias que apresentaram melhor desempenho foram Religiões/Crenças (27%), Ficção Infantil/Juvenil (15%) e Administração e Economia (16%). No outro lado da balança, ficaram os Livros de Concurso Públicos (-48%) e os livros de Direito (-30%).
Com informações do portal Publishnews
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