No relançamento do Minha Casa Minha Vida, a Caixa tem como objetivo prioritário retomar as obras paradas de 15.000 unidades habitacionais da Faixa 1 do programa (renda familiar de até R$ 2.640) até o fim do ano, chegando próximo de zerar o estoque sob responsabilidade do banco. Com a redução de recursos nos últimos anos para o programa, rebatizado de Casa Verde e Amarela sob Jair Bolsonaro, houve paralisação de diversos projetos habitacionais pelo País.
Em 2023, a Caixa já retomou as obras de 13.684 unidades. Além disso, foram entregues 9.822 apartamentos ou casas construídas com recursos do programa habitacional. “Devemos chegar muito próximo de zerar o estoque da Caixa”, disse a vice-presidente de Habitação do banco, Inês Magalhães, que já foi secretária de Habitação e ministra das Cidades.
No Banco do Brasil, também agente financeiro da Faixa 1 do programa, a previsão é de retomada de cerca de 4 mil unidades habitacionais.
“O Banco do Brasil informa que, dentro das suas responsabilidades, tem envidado esforços para que as obras paralisadas no âmbito do Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU) sejam retomadas, de forma que os beneficiários das unidades habitacionais tenham condições de habitabilidade, segurança e demais exigências previstas nos respectivos normativos relacionados ao Programa”, disse a instituição em nota.
As novas regras
As novas regras do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) estarão disponíveis a partir desta sexta-feira, 7, na Caixa, que tem a expectativa de aumentar o acesso ao crédito imobiliário. Na avaliação da vice-presidente de Habitação do banco, Inês Magalhães, as novas condições de juros e subsídios devem contribuir para baixar o valor de entrada dos financiamentos do MCMV – principal entrave para o acesso ao crédito com recursos do FGTS. O MCMV foi relançado este ano pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, após a iniciativa assumir o nome de Casa Verde Amarela sob Jair Bolsonaro.
“Há um conjunto de famílias de renda baixa que tem certa organização financeira, que pode ser inserida no mercado de crédito. Todo mundo sabe que o entrave principal é a entrada, porque a prestação fica parecida com o valor do aluguel”, argumentou Inês Magalhães, que já foi secretária de Habitação e ministra das Cidades, em conversa com jornalistas.
Nas novas regras, houve um fatiamento das faixas do programa para permitir juros menores para rendas mais baixas. Por exemplo, na Faixa 1, que compreende renda familiar de até R$ 2.640, quem ganha até R$ 2.000 teve redução na taxa, de 4,25% para 4,0% nas regiões Norte e Nordeste e de 4,50% para 4,25% no restante do País. Houve também atualização dos valores de subdivisões da Faixa 2 (até R$ 4.400). Os limites superiores da Faixa 2 e 3 (até R$ 8.000), por sua vez, foram mantidos.
Com informações de Estadão Conteúdo (Thaís Barcellos).
Imagem: Ministério das Cidades