O órgão regulador de concorrência do Reino Unido, a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA, na sigla inglês), alega que o Google prejudicou a concorrência ao usar seu domínio em publicidade online para “favorecer seus próprios serviços de tecnologia de anúncios”.
Em nota emitida nesta sexta-feira, 6, a CMA diz que a ação é uma descoberta “provisória” e que a prática anticompetitiva da gigante de tecnologia pode estar prejudicando milhares de editores e anunciantes do Reino Unido. A investigação britânica acompanha outras realizadas pelo Departamento de Justiça dos EUA e pela Comissão Europeia.
“O Google prejudica os concorrentes e os impede de competir em igualdade de condições para fornecer aos editores e anunciantes um serviço melhor e mais competitivo que suporte o crescimento de seus negócios”, descreve.
Práticas anticompetitivas
Os dias de liderança isolada parecem ter acabado para o Google. Países e empresas estão de olho na forma como a empresa dominou o mercado de publicidade online e, agora, tentam limitar essa atuação.
Recentemente, o Yelp moveu uma ação antitruste contra o Google, alegando que a gigante dos mecanismos de busca abusou de sua posição dominante para aumentar seus lucros e sufocar a concorrência. Na ação, movida no tribunal federal no Distrito Norte da Califórnia, nos EUA, a empresa informa que a Alphabet alavanca seu monopólio de pesquisa geral para controlar os mercados de pesquisa local e publicidade de pesquisa local.
O processo ocorre quando já existe decisão favorável ao caso nos Estados Unidos. Em agosto, um juiz federal norte-americano decidiu que o Google se envolveu em práticas ilegais para preservar seu monopólio de mecanismo de busca. Com isso, o juiz deu ao Departamento de Justiça americano uma grande vitória antitruste, em seu esforço para controlar os gigantes da tecnologia do Vale do Silício.
Com informações de Estadão Conteúdo (Isabella Pugliese Vellani)
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