Shopping na Inglaterra é vendido pelo preço de um apartamento

Um shopping center perto de Edimburgo foi vendido em leilão por apenas 310.000 libras (US$403.000), o que ressalta a perigosa situação do setor do varejo no hemisfério norte, que está sendo devorado pelo comércio on-line.

O valor representa um quarto menos que o custo médio de um apartamento em Londres. Além disso, é pouco mais que o dobro do valor atualmente gerado pelo shopping com aluguéis, o que significa um rendimento de cerca de 50 por cento para o comprador. Um fundo administrado pela Columbia Threadneedle Investments colocou o Postings Shopping Center, localizado em Kirkcaldy, na Escócia, à venda pelo preço indicativo de uma libra.

O valor dos pontos de venda do varejo no Reino Unido vem sendo prejudicado pela ascensão de empresas de varejo on-line, como a Amazon, que atualmente respondem por cerca de uma em cada cinco libras gastas pelos consumidores no país. Os impostos mais altos para as lojas físicas, os aumentos do salário mínimo e o custo crescente das importações desde o referendo do Brexit, em 2016, também geraram reflexos.

Os shoppings mais antigos que foram afetados pela concorrência de rivais maiores estão cada vez mais sendo oferecidos para incorporadoras interessadas em convertê-los em residências e instalações de distribuição ou em imóveis para outros usos. Apenas 13 das 21 lojas do Postings estão ocupadas atualmente e geram 152.005 libras por ano com aluguéis, cujos contratos deverão expirar nos próximos dois anos, segundo a casa de leilões Allsop, que organizou a venda.

O leilão com preço reduzido atraiu cerca de 100 interessados no shopping center, segundo George Walker, sócio da Allsop. O comprador foi um investidor do norte da Inglaterra que apresentou proposta por telefone e pediu para não ser identificado.

Um porta-voz da Columbia Threadneedle afirmou que a empresa está “satisfeita pelo fato de o Postings ter sido repassado para um novo proprietário”. O shopping foi construído na década de 1980 por 4,2 milhões de libras, informou o Financial Times no mês passado.

Fonte: Bloomberg

*Imagem reprodução

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