“Artigos finos para cavalheiros.” Esse slogan estampava a fachada da primeira loja da Casa Prado aberta em Cuiabá, no Mato Grosso. Prestes a comemorar 70 anos de existência, a empresa familiar segue especializada em roupas e acessórios masculinos, mas ao longo do tempo tem inovado com foco em pautas que movimentam o varejo, como personalização, experiência e sustentabilidade.
A marca nasceu em 11 de fevereiro de 1955 pelas mãos de José Rodrigues do Prado. Depois de comprar um armarinho no centro histórico de Cuiabá, ele decidiu transformar o negócio e focar exclusivamente em produtos masculinos, o que não era usual para a época, dominada por lojas femininas.
“Ele teve esse olhar inovador de segmentar o mercado e vendia camisaria, chapéu, bengala, sapato, calça. As mulheres também começaram a tomar gosto porque era mais fácil comprar calça pronta e camisa pronta para os homens do que mandar fazer”, conta Geraldo Prado, atual CEO da Casa Prado e neto do fundador. Após a morte de José Rodrigues, o negócio foi passado adiante. Além de Geraldo, seu pai continua na ativa. “Ele tem 74 anos ainda está no negócio, visitando loja e atendendo cliente.”
![Casa Prado, do Mato Grosso, completa 70 anos com foco em marca própria e sustentabilidade](https://mercadoeconsumo.com.br/wp-content/smush-webp/2025/02/CASA-PRADO-PRIMEIRA-LOJA-scaled.jpg.webp)
Jornada rumo à marca própria
Atualmente, a empresa conta com 11 lojas próprias e duas franquias. No lugar do terno, o produto mais procurado hoje é camiseta. Até 2010, as lojas vendiam produtos de grifes como Pierre Cardin, Yves Saint Laurent e Lacoste. Hoje, 90% das vendas são de produtos de marca própria. As peças são feitas em 17 fábricas parceiras homologadas e espalhadas pelo Brasil.
Bandeira da Casa Prado desde a fundação, o olhar para o social permanece vivo na empresa. Ela faz parte do movimento Capitalismo Consciente e obteve a certificação do Sistema B, que reconhece empresas que adotam práticas sustentáveis, éticas e responsáveis.
De acordo com Geraldo Prado, a empresa tem investido muito em tecnologia para melhorar a experiência dos clientes, especialmente quando se fala em customização. Um assistente virtual que funciona com Inteligência Artificial (IA) também está entre as apostas. A maior parte das vendas, no entanto, continua sendo feita da forma antiga, na loja física, de maneira cada vez mais consultiva e sempre acolhedora. “O relacionamento humano nunca vai deixar de ser o principal fator de venda na loja física”, acredita.
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