A Organização Mundial da Saúde Animal (Omsa) encerrou a investigação sobre o caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), o mal da vaca louca, registrado no Pará em fevereiro, e reiterou o status sanitário do País. “O Brasil nunca diagnosticou um caso clássico de EEB, mantendo, desde 2012, o reconhecimento oficial pela Omsa como país de risco insignificante para a doença”, disse a organização em relatório. A entidade lembrou, ainda, que é o sexto caso de EEB atípico tipo H registrado no Brasil em mais de 25 anos de vigilância da doença.
O laudo fornecido na quinta-feira, 2, pelo laboratório de referência Omsa, que fica em Alberta, no Canadá, aponta que a doença detectada em um animal de nove anos no município de Marabá (PA) surgiu de forma espontânea no organismo do animal, sem risco de disseminação no rebanho nem ao ser humano. O Ministério da Agricultura informou confirmou o resultado.
O caso foi identificado em 22 de fevereiro, quando o ministério notificou o órgão sobre a confirmação da doença. Na ocasião, as exportações de carne bovina brasileira para a China foram imediatamente suspensas pelo Ministério da Agricultura de forma voluntária, como prevê o protocolo estabelecido entre os países.
Exportações temporariamente suspensas
A China sinalizou ao governo brasileiro nesta semana que pode dispensar o envio de uma delegação técnica do Brasil ao país asiático para reabrir as exportações de carne bovina brasileira com o caso sendo confirmado como atípico. As autoridades sanitárias chinesas afirmaram ao governo brasileiro que têm interesse na rápida retomada dos embarques. A expectativa do governo é reabrir o mercado antes da viagem de Lula à China, prevista para o dia 27. A China é o principal destino das exportações da carne bovina brasileira, representando mais da metade dos embarques.
Além da China, Tailândia, Irã e Jordânia também suspenderam temporariamente as importações da proteína brasileira. A Rússia embargou as compras de carne bovina exportadas pelo Estado do Pará. No Estado, há apenas uma planta frigorífica habilitada no Serviço de Inspeção Federal (SIF) para exportar para a Rússia, segundo o ministério.
Com informações de Estadão Conteúdo (Sandy Oliveira)
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