A Ford fechou acordo sobre a indenização a ser paga a trabalhadores pelo fechamento da fábrica de motores e transmissões em Taubaté, no interior de São Paulo.
Além das verbas rescisórias legais, a montadora vai pagar entre um e dois salários por ano trabalhado na fábrica, sendo garantido o pagamento mínimo de R$ 130 mil em indenização por funcionário. Valerá a condição mais vantajosa ao trabalhador.
Resultado de 25 rodadas de negociação entre a Ford e o sindicato local, o acordo prevê ainda investimentos da montadora num programa de qualificação dos funcionários desligados, visando a recolocação no mercado de trabalho. O aporte será de 700 reais por empregado horista efetivamente desligado.
Na votação realizada na fábrica, a aprovação do acordo foi apertada: 55,3% dos empregados foram favoráveis, conforme informações do sindicato local. Aproximadamente 800 pessoas trabalham na fábrica da Ford em Taubaté.
Segundo o cronograma de fechamento da unidade, a fábrica seguirá produzindo peças ao mercado de reposição até o dia 16 de abril. Até o fim de julho, todos os equipamentos estarão desligados.
Serão fechadas também as plantas de Camaçari (BA) e a fábrica da Troller, em Horizonte (CE).
Mercado abastecido
O mercado nacional será abastecido com veículos produzidos, principalmente, na Argentina e no Uruguai, países nos quais as operações da empresa não serão afetadas. A montadora encerrará as vendas dos modelos EcoSport, Ka e T4 assim que terminarem os estoques.
A justificativa para a saída da montadora do país foi a crise gerada pela pandemia de covid-19 que atinge o mundo desde o início de 2020. Segundo a Ford, a pandemia “amplia a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução das vendas, resultando em anos de perdas significativas”.
A montadora já tinha encerrado em 2019 a produção de caminhões em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, cujo galpão foi comprado pela Construtora São José e será transformado em um centro logístico.
Com informações de Estadão Conteúdo
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