Já ouviu falar em Web3? Sabe qual é a diferença entre a Web2? E tinha alguma chamada Web1?
Se nunca ouviu falar sobre o tema, uma coisa eu posso garantir: o futuro da fidelização é emocionante e promete revolucionar a forma como as marcas se relacionam com seus consumidores.
E, ainda, se realmente nunca ouviu falar sobre o tema, tentarei meu melhor para explicar de forma simples aqui.
Mas afinal, o que é Web3?
A Web3 é uma evolução da internet que busca descentralizar o controle sobre os dados e serviços online, dando mais poder aos usuários e promovendo a segurança e a privacidade por meio da tecnologia blockchain e da descentralização.
São diferenças técnicas poderosas – controle de dados, descentralização e transparência, incentivos criptoecônomicos e interoperabilidade, entre outras – que refletem uma mudança significativa na maneira como a internet é usada e gerenciada, com um foco maior na autonomia e no empoderamento dos usuários.
E o que isso tem a ver com fidelização, engajamento e figital?
A Web3 está mudando o jogo para as marcas e os consumidores. Por meio da tecnologia blockchain, o marketing do futuro está decolando, especialmente quando se trata de fidelização de clientes.
Atualmente, as marcas estão enfrentando desafios para se conectar com seu público por meio dos métodos tradicionais de fidelização e também por conta das atuais limitações da Web2. A rápida evolução das demandas dos consumidores, a saturação do mercado e o excesso de informação complicam ainda mais as coisas.
Um exemplo brutal são as mudanças nas políticas de privacidade e o fim do suporte a cookies de terceiros, onde rastrear e entender o comportamento dos usuários está se tornando cada vez mais difícil.
Então, como as marcas podem atrair e reter clientes?
Uma nova era na jornada de fidelização de clientes prosperará.
A Geração Z, especialmente, apresenta um desafio único – 77% dos consumidores preferem marcas indicadas por seus grupos e comunidades (Think Consumer Goods, da Offerwise). No entanto, a Web3 traz esperança. Por meio da tokenização, NFTs e criptomoedas, a fidelização do futuro está se moldando.
Com esses e outros elementos, as marcas podem criar programas de fidelidade mais interativos e envolventes, adaptados às preferências individuais dos consumidores.
Os programas de fidelidade do futuro precisam garantir que os clientes sejam capazes de coletar e possuir os seus próprios benefícios. A proposta é acabar com os silos e eliminar restrições, liberando o usuário para transportar seus bens para além dos “muros” da plataforma, negociá-los ou permitir os resgates de pontos e recompensas em outro lugar.
As experiências figitais – físico com digital – também estão ganhando força, e deter um NFT pode significar ainda ter a propriedade de um objeto, serviço ou experiência na vida real.
Prepare-se para uma nova era de conexão entre marcas e consumidores, onde a fidelização não é apenas uma transação, mas sim uma jornada emocionante de parceria e valor compartilhado. Com a Web3 liderando o caminho, o futuro está repleto de possibilidades inovadoras. Este é apenas o começo de uma revolução que transformará a maneira como vivemos, interagimos e nos relacionamos online e offline.
Jean Paul Rebetez é sócio-diretor da Gouvêa Consulting.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
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