Marcas premium, como L’Occitane, Vivara e Pandora, vêm ganhando a preferência do consumidor, especialmente, em datas comemorativas. Para o Dia das Mães, o Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (Ibevar) e a FIA Business School analisaram a projeção de vendas dos 75 itens tradicionalmente mais comercializados para este dia e observou tendência de crescimento nas vendas de itens selecionados e personalizados. A pesquisa leva em consideração a disposição dos filhos em presentar suas mães ou pessoas que representem a figura materna.
No geral, os consumidores estarão mais propensos a investir em produtos premium de beleza e cuidados pessoais, itens que celebrem memórias afetivas, eletrodomésticos multifuncionais e smartphones de marcas específicas. As empresas que conseguirem se adaptar a essas tendências e oferecer produtos e experiências alinhados com as necessidades e desejos das mães, terão maiores chances de sucesso nessa data tão especial para o varejo nacional.
Em comparação com o último ano, as vendas de L’Occitane, Vivara e Pandora devem crescer, respectivamente, 31,71%, 28,89% e 23,26%. Também em alta como opção de presente, a tendência de aumento nas vendas de porta-retratos é de cerca de 25%.
Dos 75 itens analisados pelo estudo, 19 deles, cerca de 25% do total, aparecem com previsão de crescimento nas vendas. A pesquisa identifica estabilidade para 5 opções de presentes e mais de 50% dos itens analisados, apontam para uma possível queda nas vendas para o Dia das Mães deste ano.
Livros, flores e almofadas decorativas em queda
Entre os itens que apresentam maior percentual de queda nas vendas para a data comemorativa, estão livros de autoajuda, -63,64%, flores online, -51,22%, e almofadas decorativas, -41,38%.
Essa projeção pode indicar uma saturação desses mercados ou uma mudança nas preferências dos consumidores. É possível que as mães estejam buscando formas mais práticas e interativas de receber conhecimento e suporte emocional, como aplicativos de meditação ou assinaturas de serviços de bem-estar.
Para Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar e professor da FIA Business School, “embora a taxa de juros do comércio tenha reduzido para 85% a.a. em 2024, ainda é um número muito alto. Somando a isso o ambiente de incerteza sobre o desempenho da economia nos próximos meses, temos a explicação dessa condição desfavorável para o comércio nessa próxima data comemorativa”.
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