Alimentos básicos retomam seu espaço na mesa dos brasileiros

Estudo aponta que arroz e feijão foram os pratos campeões de consumo no segundo trimestre de 2021

Alimentos básicos retomam seu espaço nas refeições

A pandemia de covid-19 impactou a renda dos brasileiros. Mesmo com a prorrogação do auxílio emergencial, a quantidade de pessoas que receberam o benefício, assim como o valor, foi menor. Além disso, 17% dos lares brasileiros contam com ao menos uma pessoa que perdeu o trabalho após o início da pandemia. Esses fatores, aliados à inflação em alta, afetaram a cesta de consumo das famílias brasileiras, que cortaram supérfluos e concentraram as compras nos alimentos básicos.

Segundo a pesquisa Consumer Insights, da consultoria Kantar, alimentos básicos como arroz, feijão e bife ou filé com salada foram as opções de escolha dos consumidores entre os que mais cresceram ocasiões de consumo no almoço e jantar dentro de casa. A Kantar faz um levantamento com 11 mil domicílios para projetar o consumo de 58,8 milhões de lares do País.

De janeiro a junho, o volume de unidades compradas de uma cesta de 107 categorias foi 4,4% menor em relação a igual período de 2020. A combinação arroz e feijão foi campeã de consumo no segundo trimestre de 2021.

Categorias mais procuradas

Houve queda da busca pela farinha de trigo, que vinha se destacando nos últimos estudos e agora perdeu mais de 2,3 milhões de lares compradores. Como resultado, menos bolos (-11,7%) e pães (-9,8%) sendo preparados em casa.

De acordo com o estudo, os brasileiros estão procurando categorias mais práticas e convenientes, como batatas congeladas e empanados, que se destacam em todas as classes sociais.

Mas outra necessidade que volta a se destacar é a preocupação com a nutrição e saudabilidade. Em todas as refeições – café da manhã, almoço, lanches e jantar – há um aumento da busca por saudabilidade. O estudo mostra que os consumidores mais maduros estão atentos à dieta (26,7%), enquanto lares com mais crianças e adolescentes focam a preocupação na nutrição (9,1%).

Imagem: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias

 

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