Estamos iniciando com este artigo uma nova série sobre o metaverso. Agora vamos entrar nos detalhes para que vocês possam conhecer os bastidores desse novo mundo.
Hoje o tema é a desmaterialização. O que é isso? A desmaterialização é o próprio metaverso!
O metaverso é a própria desmaterialização de pessoas, lugares e objetos, ou seja, quando se tornam virtuais. Quando usamos a tecnologia para recriar uma cópia digital em 3D da planta de uma indústria, por exemplo, estamos desmaterializando. Todos os equipamentos e objetos desta indústria que estarão no metâmero precisarão ser desmaterializados para se tornarem virtuais.
E chamo vocês para irem lá adiante, com o pensamento, e verem tudo que podemos fazer com essa “brincadeira” de desmaterializar. Pegando ainda o exemplo da indústria: com uma cópia digital em 3D podemos testar mudanças e simular novas disposições para ter uma assertividade maior no investimento a ser feito.
A velocidade dos avanços no campo da tecnologia vem crescendo vertiginosamente. E temos certeza de que é um caminho sem volta. Segundo a Forrester Research (Predictions 2022 Guide), aproximadamente 80% dos consumidores já veem o mundo completamente digital. A vida das pessoas está totalmente inserida no mundo digital, pois as principais barreiras culturais foram vencidas com a imersão que as pessoas foram obrigadas a fazer durante a pandemia. Esse período caótico das nossas vidas, foi o grande trampolim para os avanços da tecnologia.
E todos os setores, público e privado, estão em marcha para ficarem digitais o quanto antes e o máximo possível. Todos precisam se reinventar para estar de acordo com a nova forma de viver do mundo. Nessa reinvenção estão inclusos os processos, a interação das pessoas e a vida social, afinal, os personagens deste mundo digital somos todos nós e sabemos a importância das interações e do convívio social para sermos felizes.
Para resgatarmos um entendimento que já falamos em outro artigo, segundo Jon Radoff em “Building the Metaverse”, o melhor entendimento do metaverso é entender as diversas camadas que ele envolve.
A camada que envolve a desmaterialização, que é o tema do nosso artigo de hoje, é a computação espacial. Ela se refere como convertemos o que é real em digital, ou seja, nesta camada estão os softwares que usaremos para desmaterializar objetos e interagir com eles ao mesmo tempo, no mundo físico e no mundo virtual. Isso inclui motores 3D, tecnologias de realidade virtual e aumentada, reconhecimento de gestos, mapeamento e computação espacial, com apoio de inteligência artificial.
A tecnologia vai abrir muitas possibilidades para a interação dos consumidores com as marcas, produtos e serviços, na construção de uma experiência imersiva cada vez melhor e nas novas ferramentas que estreitarão os relacionamentos a longo prazo.
Para fechar esse artigo, trago que, de acordo com o Relatório Anual de Internet da Cisco, quase dois terços da população global terão acesso à internet até 2023, enquanto o número de dispositivos conectados a redes IP será três vezes superior ao da população total.
Estaremos todos juntos nesse novo mundo digital, onde a vida vai acontecer cada vez mais e melhor, podem acreditar. Estamos só começando, temos muito chão pela frente.
Nota: A Benkyou entrou no metaverso, e com seu time desmaterializa e cria coisas para vários mundos. Apresentaremos essa e outras novidades no Latam Retail Show, que acontecerá nos dias 13, 14 e 15 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo. Convido vocês a virem conhecer!
Patricia B. Bordignon Rodrigues é diretora de Marketing e Canais Benkyou.
Imagens: Shutterstock