O setor de cartões movimentou R$ 1 trilhão em transações no terceiro trimestre deste ano, crescimento de 10,2% em um ano, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, o crescimento é de 10,9%, com um volume financeiro de R$ 3 trilhões.
O presidente da Abecs, Giancarlo Greco, afirmou nesta quinta-feira, 7, que o momento positivo da economia ajuda, com a queda no desemprego e o consequente impulso ao consumo.
“Quando nós fizemos a projeção para o ano, sempre olhamos para R$ 4 trilhões, e conseguimos ver que esse número tem uma chance muito grande de ser atingido no quarto trimestre”, disse ele, em coletiva de imprensa para tratar dos números do setor no terceiro trimestre deste ano.
Houve desempenho distinto entre as diferentes modalidades de cartão. O crédito, que é o mais representativo, movimentou R$ 693,2 bilhões no terceiro trimestre, crescimento de 14% em um ano. O débito, por outro lado, ficou quase estável (-0,4%), movimentando R$ 248,3 bilhões.
O principal ofensor ao desempenho do débito é o Pix, que tem sido mais adotado como método de pagamento em compras, tanto no varejo online quanto no comércio físico. Para reduzir esse impacto, o setor tem buscado ampliar a competitividade do débito nas compras online, com pagamentos sem senha, por exemplo.
Pagamentos recorrentes
Os pagamentos de contas recorrentes através de cartões chegaram a R$ 28 bilhões no terceiro trimestre deste ano, de acordo com a Abecs) O número representa um crescimento de 41,2% em relação ao mesmo período de 2023.
Os pagamentos recorrentes são envolvem assinaturas de produtos e serviços, majoritariamente. No entanto, o setor quer ampliar esse uso para outros tipos de pagamento, como os de mensalidades dos setores de educação e saúde, e tem feito um esforço para tornar isso possível.
Até aqui, a maior parte dos pagamentos recorrentes, ou R$ 26,6 bilhões, é feita através do cartão de crédito.
“Os outros débito e cartão pré-pago dependem de você ter um agendamento correto de fundos que você tem que ter na conta. O cartão de crédito tem uma flexibilidade maior em função do limite concedido”, disse o presidente da entidade
Com informações de Estadão Conteúdo (Matheus Piovesana)
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