Mais de 50 mil imóveis estão sem energia em São Paulo após temporal da terça

Também foram feitas seis notificações para desabamentos e dois pedidos de auxílio para enchentes

São Paulo

Cerca de 52 mil imóveis da capital e Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) continuam sem energia elétrica na manhã desta quarta-feira, 8. De acordo com a Enel Distribuição São Paulo, o fornecimento, no entanto, foi restabelecido para 92% dos 650 mil clientes impactados pelo forte temporal registrado na terça-feira, 7.

“A empresa reforçou antecipadamente suas equipes em campo e os técnicos seguem trabalhando de forma ininterrupta para normalizar o fornecimento de energia”, disse a companhia.

Durante as chuvas, a ventania de até 80km/h arremessou telhas sobre duas linhas de transmissão da companhia.

“Além disso, a empresa registrou outras ocorrências graves em diversos pontos, incluindo a queda de galhos, árvores e postes, o que causou a destruição de trechos inteiros da rede elétrica”, afirma a Enel.

Segundo o Corpo de Bombeiros, foram abertos 187 chamados para quedas de árvores na capital paulista e região metropolitana.

Também foram feitas seis notificações para desabamentos e dois pedidos de auxílio para enchentes. Não há informações de vítimas.

Histórico

A situação marca o primeiro apagão do ano na região. Em outubro, o comércio na Grande São Paulo pode ter deixado de arrecadar até R$ 98,6 milhões devido à falta de energia durante o mês, quando fortes chuvas prejudicaram a capital paulista.

A estimativa, baseada no volume movimentado diariamente na cidade de São Paulo e na região metropolitana, é do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP).

“Os prejuízos são difíceis de estimar, pois os efeitos do temporal não foram homogêneos na cidade de São Paulo, e várias regiões ainda não tiveram o restabelecimento da energia. Podemos dizer que o prejuízo se dá, principalmente, por reduções nas compras ‘imediatas’ e ‘por impulso’ dos consumidores”, avalia Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP.

A falta de energia decorrente das fortes chuvas prejudicou diretamente mais de 1,35 milhão de pessoas. Ruiz de Gamboa observa que essa situação afeta principalmente os consumos imediatos e por impulso, quando há essas restrições no fluxo de clientes.

Com informações de Estadão Conteúdo (Renata Okumura).
Imagem: Shutterstock

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