Com a crescente do comércio online (e-commerce) nos últimos tempos, cada vez mais o varejo tem se profissionalizado e buscado ferramentas que possam viabilizar a sua proposta de valor aos consumidores. Um desses instrumentos é o online visual merchandising (OMV), ou então o e-merchandising.
Entende-se por definição que visual merchandising é um conjunto de ações e estratégias orientadas para o ponto de venda (PDV) com a finalidade de dar visibilidade a marcas, produtos e serviços, aumentando a percepção de valor do consumidor e a experiência de compra, inclusive promovendo a venda de mercadorias.
O OVM pode ser ainda responsável por criar vínculos emocionais com o usuário: o e-commerce deve deixar de ser apenas uma plataforma mecânica de vendas e ser um produto ativo da marca, que enriqueça a experiência e o contato do cliente.
Vale lembrar que o e-commerce se baseia no autosserviço, por isso, é preciso pensar em caminhos fáceis e rápidos do shopper até o produto, ou seja, com a menor quantidade de cliques possível.
Para isso, as ferramentas disponíveis de uma loja virtual (design, produtos, descrição, fotos, vídeos e textos, campo de busca) devem ser usadas para criar um storytelling (contar uma história), com objetivo de potencializar a assertividade dos varejistas online, otimizar a taxa de conversão, além de traduzir a identidade da marca para o universo digital.
Nesse sentido, seja em uma loja física ou online, o princípio do visual merchandising é o mesmo – as diferenças surgem nas técnicas empregadas e adequadas para fazer isso. Vejamos a seguir alguns dos principais aspectos do E-Merchandising que podem transformar a experiência digital de compra no varejo:
1 – Vitrine
Como em uma vitrine, os produtos a serem apresentados devem possuir estudo por trás da hierarquia de vendas. A disposição dos itens é essencial para a conversão da loja. Ou seja, os produtos devem ser distribuídos por ordem de prioridade e importância para o usuário: itens mais vendidos, lançamentos e produtos de marca podem ser tipos de agrupamentos de produtos que facilitam a navegação. Dessa forma, uma boa categorização e produtos esclarecidos melhoram a experiência de compra, aumenta a taxa de vendas, e economiza o tempo de navegação.
2- Cadastro de itens e busca
Outro ponto importante é o cadastro dos itens. É fundamental que estejam corretamente cadastrados com seus respectivos nomes e categorias. Além disso, as especificações devem ser fornecidas de maneira detalhada o suficiente para responder as perguntas, rápido o bastante para prender a atenção do usuário. Filtros de busca objetivos e coerentes com os produtos também são fundamentais para o usuário encontrar o que deseja.
3- Recomendação e avaliação de produtos
O merchandising online também oferece oportunidade única de orientar as jornadas dos visitantes, conforme você desejar. Isso pode ser feito através de uma variedade de técnicas, incluindo banners, recomendações, avaliações de produtos, entre outros. Outro ponto importante é a classificação ou revisão de um item – a maioria das pesquisas mostra que 61% dos clientes leem avaliações e opiniões antes de tomar uma decisão de compra.
As vendas cruzadas podem oferecer também a oportunidade de direcionar o cliente para outros produtos, exibir profundidade do seu estoque e oferecer alternativas. Apostar nos itens correlatos pode ser uma excelente estratégia através dos campos “leve também”, “compare”, “quem viu este produto, também viu” ou ”frequentemente comprado com”.
4 – Apresentação dos produtos
Levar as pessoas em uma página de produto é apenas parte da batalha. Agora, é necessário um conjunto novo de níveis a serem seguidos para garantir uma boa experiência de compra digital. Uma das maiores desvantagens da venda online é a incapacidade de tocar e sentir um produto antes de comprá-lo. Para isso, fotos de boa qualidade em vários ângulos, vídeos, tutoriais, imagens 360º ou zoom ajudam o cliente a se sentir mais próximo de um produto.
Fernanda Dalben é diretora de marketing da rede de Supermercados Dalben.
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